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Ataque contra campo de exilados iranianos no Iraque mata 26

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) condenou com firmeza este ataque, que qualificou como algo "deplorável"


	Combates no Iraque: o campo Liberty é uma antiga base americana no Iraque que desde 2011 acolhe centenas de membros dos Mujahedines do Povo do Irã, combatentes opositores ao regime em Teerã
 (AFP)

Combates no Iraque: o campo Liberty é uma antiga base americana no Iraque que desde 2011 acolhe centenas de membros dos Mujahedines do Povo do Irã, combatentes opositores ao regime em Teerã (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2015 às 15h50.

Pelo menos 26 pessoas morreram e "muitas outras" ficaram feridas em ataques com foguetes contra um campo em Bagdá de membros da oposição iraniana no exílio no Iraque, informou nesta sexta-feira o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas.

Ban Ki-moon "condena o ataque que ocorreu ontem (quinta-feira) contra o Campo Hurriya (liberdade em árabe), perto do Aeroporto Internacional de Bagdá, que matou pelo menos 26 pessoas e feriu muitas outras", disse o porta-voz em um comunicado.

Ele ressaltou que os disparos também fizeram vítimas entre as forças de segurança iraquianas que estavam nas proximidades.

O campo Liberty é uma antiga base americana no Iraque que desde 2011 acolhe centenas de membros dos Mujahedines do Povo do Irã, combatentes opositores ao regime em Teerã.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) condenou com firmeza este ataque, que qualificou como algo "deplorável".

Segundo a ACNUR, o campo - situado próximo ao aeroporto de Bagdá - acolhe cerca de 2.200 refugiados.

O secretário americano de Estado, John Kerry, disse que os "Estados Unidos condenam energicamente o brutal e sem sentido ataque terrorista ao Campo Hurriya, no qual morreram ou ficaram feridos residentes".

Os mujahedines fundaram em 1965 o grupo com a intenção de derrubar o regime do Xá do Irã e, posteriormente, passaram a combater o regime islâmico. Expulsos do Irã nos anos 80, o grupo se instalou no Iraque, onde apoiou Sadam Hussein na guerra contra seu próprio país.

Mas após a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, o novo governo em Bagdá, de maioria xiita, se aproximou de Teerã e considera a presença dos 'mujahedines' em seu território algo ruim.

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