Mali: soldados eram de grupos armados aliados (Michel Moutot/AFP)
EFE
Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 09h11.
Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 14h24.
Bamaco - Pelo menos 67 pessoas morreram no atentado suicida com carro-bomba cometido nesta quarta-feira em um quartel da cidade de Gao, no leste do Mali, informaram à Agência Efe fontes médicas.
Por conta do grande número de feridos, a quantidade de mortos ainda é provisória. Conforme as primeiras informações, o suicida detonou os explosivos ao entrar na base militar onde estavam centenas de soldados e combatentes de grupos armados aliados.
Testemunhas contaram à Efe que a magnitude da explosão, que gerou uma enorme nuvem de pó que cobriu toda a cidade, instaurou o caos e provocou o fechamento de lojas e escolas. Uma fonte militar em Gao ouvida pela Efe explicou que as autoridades militares não descartam a possibilidade dos autores realizem outras ações, se aproveitando do pânico que reina na cidade.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado, um dos mais sangrentos registrados no Mali, um país acostumado à instabilidade e onde a violência é crônica. Justamente hoje o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) analisa um relatório do secretário-geral sobre a atual situação do país, que preocupa a comunidade internacional.
Gao, a maior cidade dessa região do país, é uma das mais inseguras e foge ao controle do governo central. Por lá operam vários grupos jihadistas que frequentemente atacam o Exército e forças da ONU.