O ataque, que demonstra um nível avançado de hacking conhecido como Ameaça Persistente Avançada (APT), pode comprometer a segurança nacional de Singapura (Gustavo Molina/SXC.hu/Reprodução)
Publicado em 19 de julho de 2025 às 14h45.
Singapura enfrenta um ataque cibernético "grave" contra sua infraestrutura crítica neste sábado, realizado por um grupo de ciberespionagem que especialistas associaram à China, país que negou veementemente qualquer envolvimento. A embaixada chinesa em Singapura declarou que "se opõe firmemente a qualquer calúnia infundada contra a China", afirmando em um comunicado que "a China é uma das principais vítimas de ataques cibernéticos".
Este ataque, que demonstra um nível avançado de hacking conhecido como Ameaça Persistente Avançada (APT), pode comprometer a segurança nacional, revelou o Ministro do Interior, K. Shanmugam, em um discurso na noite desta sexta-feira, 18.
"Posso dizer que o ataque é grave e contínuo. Foi atribuído ao grupo UNC3886", disse ele.
Embora não tenha fornecido detalhes sobre quem pode estar por trás desse grupo, o UNC3886 foi identificado pela Mandiant, empresa de segurança cibernética de propriedade do Google, como um grupo de ciberespionagem ligado à China, envolvido em ataques em todo o mundo.
A embaixada chinesa em Singapura declarou no sábado que está "pronta para continuar cooperando com todas as partes, incluindo Singapura, para proteger conjuntamente a segurança cibernética". De acordo com o Ministro do Interior, a Agência de Segurança Cibernética de Singapura e as autoridades relevantes estão trabalhando para gerenciar a situação.
APT é um tipo de ataque cibernético altamente sofisticado que, com recursos consideráveis, normalmente visa roubar informações confidenciais e interromper serviços essenciais como saúde, telecomunicações, água, transporte e eletricidade, comentou Shanmugam.