Mundo

Ataque aéreo da Rússia na capital da Ucrânia deixa três mortos, incluindo uma criança

O ataque começou por volta das 3h (hora local) com mísseis de cruzeiro e balísticos, deixando, além dos três mortos, mais 12 feridos, disseram as autoridades

Ataque de drone em Kiev em 17 de outubro de 2022 (AFP/AFP Photo)

Ataque de drone em Kiev em 17 de outubro de 2022 (AFP/AFP Photo)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 1 de junho de 2023 às 06h51.

A Rússia lançou um ataque aéreo contra Kiev, nesta quinta-feira, 1, matando pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, em uma ação que provocou terror na capital ucraniana após uma semana de ataques aéreos.

O ataque começou por volta das 3h (hora local) com mísseis de cruzeiro e balísticos, deixando, além dos três mortos, mais 12 feridos, disseram as autoridades.

"No distrito de Desnianski: três pessoas foram mortas, incluindo uma criança (nascida em 2012) e 10 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança. No distrito de Dniprovskyi: duas pessoas ficaram feridas", escreveu a Administração Militar de Kiev, no Telegram.

Por seu lado, a Rússia começou na quarta-feira a evacuar centenas de crianças de cidades na fronteira com a Ucrânia, alvo de intensos bombardeios há dias, e onde a situação é "alarmante", segundo o Kremlin.

Nesta quinta-feira, pelo menos duas pessoas ficaram feridas na região de Belgorod, em um ataque atribuído às forças ucranianas, segundo postou o governador regional Viacheslav Gladkov no Telegram.

O governador anunciou, na quarta-feira, o início da evacuação de menores em dois municípios da região, que receberam intensos disparos de artilharia e morteiros.

"A partir de hoje estamos evacuando nossas crianças dos distritos de Shebekino e Graivoron", disse Gladkov. "Um primeiro grupo de 300 crianças será enviado para Voronej", uma cidade localizada a cerca de 250 quilômetros a nordeste.

Enquanto isso, as tensões com o Ocidente aumentaram na quarta-feira, quando a Alemanha anunciou uma redução drástica da equipe diplomática russa em seu solo, fechando quatro dos cinco consulados. Moscou acusou a decisão como "provocação impensada" e prometeu uma "resposta justa".

Em Washington, o Pentágono anunciou um novo pacote de armas de US$ 300 milhões, incluindo sistemas de defesa aérea e dezenas de milhões de cartuchos de munição.

Mais bombardeios

O governador regional de Belgorod, Viacheslav Gladkov, garantiu que a situação estava se agravando em Shebekino, onde mais bombardeios ocorreram durante o dia, embora sem mortes.

Gladkov divulgou imagens após o bombardeio pela manhã, com carros incendiados próximos a uma área de recreação, e um projétil caído em uma via. "Ninguém, graças a Deus, morreu", disse Gladkov, acrescentando que quatro pessoas ficaram feridas.

Uma pessoa morreu no dia anterior e outras duas ficaram feridas em um bombardeio ucraniano contra um centro de deslocados na região.

"Estamos realmente preocupados com esta situação. O bombardeio de alvos civis continua" em Belgorod, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na quarta-feira.

"Não ouvimos uma única palavra de condenação do Ocidente", denunciou. "A situação é realmente alarmante. Medidas estão sendo tomadas", acrescentou. Kiev nega qualquer "envolvimento direto" nesse ataque.

O alerta surge num momento em que a Rússia parece não estar conseguindo conter os ataques em seu território e coincide com as afirmações de Kiev sobre os últimos preparativos para uma grande contra-ofensiva.

As forças russas lançaram nesta semana várias ondas de bombardeios contra a capital ucraniana, com mísseis explosivos e drones.

Os Estados Unidos disseram que não apóiam nenhum ataque em solo russo, dizendo que se concentraram "em fornecer à Ucrânia o equipamento e o treinamento necessários para retomar seu próprio território soberano".

Navio ucraniano 'destruído'

A Rússia reivindicou, na quarta-feira, a responsabilidade pela destruição, no porto ucraniano de Odessa, do navio "Yuri Olefirenko", apresentado por Moscou como o "último" grande navio de guerra ucraniano ainda em operação.

"Em 29 de maio, um ataque de alta precisão da força aérea russa na área de ancoragem no porto de Odessa destruiu o último navio de guerra da marinha ucraniana, o 'Yuri Olefirenko'", informou o Ministério da Defesa da Rússia em seu boletim diário.

O porta-voz das forças navais ucranianas, Oleg Chalyk, contactado pela AFP, não negou formalmente os fatos, mas pediu para não "dar muita atenção" às fontes russas.

Na semana passada, dezenas de homens armados da Ucrânia invadiram a região de Belgorod e espalharam o pânico por dois dias antes de serem repelidos por aeronaves e artilharia russas. Desde então, as áreas fronteiriças da região de Belgorod têm sido bombardeadas diariamente.

Mais ao sul, em Ilsky, na região de Krasnodar, um drone caiu dentro do perímetro de uma refinaria de petróleo na quarta-feira, sem causar vítimas ou danos, anunciaram as autoridades locais. Essa mesma refinaria foi alvo, no início de maio, de dois ataques de drones que causaram incêndios.

Na Ucrânia, cinco pessoas morreram e 19 ficaram feridas em um bombardeio das forças de Kiev em uma área ocupada por tropas russas na região de Luhansk (Leste), informaram autoridades próximas a Moscou.

Acompanhe tudo sobre:UcrâniaRússiaGuerras

Mais de Mundo

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz