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Ataque a Trump: o que sabemos sobre os tiros disparados contra o ex-presidente dos EUA

Candidato à Presidência americana foi alvejado na orelha direita durante comício na Pensilvânia, de onde foi retirado às pressas pelo Serviço Secreto; atirador foi morto

Donald Trump: veja os detalhes e principais informações sobre o atentado na Pensilvânia (Anna Moneymaker/AFP)

Donald Trump: veja os detalhes e principais informações sobre o atentado na Pensilvânia (Anna Moneymaker/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 14 de julho de 2024 às 10h38.

Última atualização em 15 de julho de 2024 às 10h18.

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump realizava um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia, quando barulhos de tiro foram ouvidos e o republicano foi alvejado na orelha, no começo da noite de sábado. Duas pessoas, incluindo o suposto atirador, morreram e duas ficaram gravemente feridas.

Um jovem de 20 anos disparou vários tiros em direção ao palco em que o ex-presidente dos EUA Donald Trump discursava durante o comício na cidade de Butler, na Pensilvânia, neste sábado, por volta das 18h15 (19h15), matando um espectador e ferindo gravemente outros dois, de acordo com o Serviço Secreto.

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Trump foi levado às pressas para fora do palco, com sangue visível ao redor da orelha direita. Mais tarde, ele disse em uma postagem no Truth Social, sua plataforma de mídia social, que havia sido baleado por uma bala que perfurou "a parte superior" da orelha direita. Trump foi levado a um hospital e o Serviço Secreto afirmou que ele estava “seguro”.

Tentativa de assassinato

"Esta noite tivemos o que chamamos de tentativa de assassinato contra nosso ex-presidente, Donald Trump," disse Kevin Rojek, agente especial do FBI, a polícia federal americana, durante entrevista coletiva no Departamento de Polícia de Butler. Uma análise do The New York Times sugeriu que o atirador havia disparado oito tiros.

O Serviço Secreto disse que seu pessoal matou o atirador. Em comunicado, o FBI identificou o homem como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia. As autoridades disseram que ainda estavam tentando descobrir seu motivo.

Veja um resumo do que sabemos o que aconteceu:

Donald Trump

Trump se abaixou rapidamente depois que os tiros começaram e a multidão começou a gritar. Os agentes do Serviço Secreto então tiraram Trump do palco. Ao ser escoltado até seu comboio, o republicano, cujo rosto e orelha direita estavam ensanguentados, ergueu o punho em um gesto desafiador para a multidão.

Em sua postagem nas redes sociais, Trump escreveu: “Eu soube imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo.”

Trump foi levado a um hospital, mas não houve nenhuma declaração imediata da equipe médica sobre os ferimentos ou a condição do ex-presidente. Mais tarde da noite, um assessor do ex-presidente postou um vídeo nas redes sociais que o mostrava saindo do avião sem ajuda após pousar em Nova Jersey. Sua orelha machucada estava fora da visão da câmera.

A campanha de Trump e o Comitê Nacional Republicano afirmaram que o ex-presidente comparecerá à convenção republicana em Milwaukee, que está marcada para começar na segunda-feira.

Suspeito de atirar

O Serviço Secreto disse que o atirador disparou “de uma posição elevada, fora do local do comício”. Policiais recuperaram um rifle semiautomático tipo AR-15 de um homem branco que eles acreditam ser o atirador. O Departamento Federal de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos estava realizando um rastreamento de emergência da arma usando seu banco de dados nacional de compras de armas de fogo.

Em comunicado, o FBI identificou o homem como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, natural de Bethel Park, cidade da Pensilvânia. As autoridades disseram que ainda estavam tentando descobrir seu motivo.

O Serviço Secreto não disse como matou o atirador. Não ficou imediatamente claro se ele tinha algum cúmplice.

Vítimas colaterais

Michael T. Slupe, xerife do condado de Butler, disse que o espectador morto era um homem adulto que provavelmente participava do comício com sua família. O xerife disse que o homem estava na arquibancada quando foi baleado e que acreditava que o homem havia morrido no local. As duas pessoas gravemente feridas foram levadas de helicóptero para o Hospital Geral Allegheny em Pittsburgh, segundo Dan Laurent, porta-voz do hospital. As autoridades não divulgaram imediatamente mais informações sobre os ferimentos dos espectadores.

A cena do crime

O tiroteio aconteceu enquanto Trump realizava um grande comício ao ar livre no Butler Farm Show em Butler, uma cidade de 13 mil habitantes, cerca de 55 quilômetros ao norte de Pittsburgh. Trump estava no palco, quando os tiros começaram. Os participantes gritaram: “Abaixe-se, abaixe-se!” e “Tiros disparados!”. O Serviço Secreto rapidamente esvaziou a área de imprensa, afastou a multidão e declarou a área como cena de crime. Houve confusão enquanto a multidão se dispersava. Alguns apoiadores de Trump deram as mãos e oraram e depois gritaram “U.S.A.!” enquianto o ex-presidente saia do local.

Reação

Os líderes mundiais e autoridades eleitas nos EUA, republicanos e democratas, condenaram veementemente o ataque a tiros como uma afronta à democracia.

O presidente Joe Biden, em uma declaração transmitida pela televisão nacional, expressou gratidão por Trump ter sido rapidamente retirado e disse: “Não há lugar na América para este tipo de violência”. Mais tarde, ele falou com Trump, de acordo com a Casa Branca. A campanha de Biden disse que estava retirando seus anúncios de televisão como um sinal de que estava deixando a política de lado após o ataque.

O ex-presidente Barack Obama apelou aos americanos para “aproveitarem este momento para se comprometerem novamente com a civilidade e o respeito na nossa política”. Os republicanos também deploraram a violência, com o senador Mitch McConnell, do Kentucky, afirmando: “Esta noite, todos os americanos estão gratos pelo fato de o presidente Trump parecer estar bem depois de um ataque desprezível a uma manifestação pacífica”.

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