Homem armado na fronteira entre Índia e Paquistão (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de novembro de 2012 às 10h28.
Islamabad- Pelo menos 18 pessoas morreram e outra ficou ferida nesta sexta-feira depois que dois homens fizeram disparos contra uma van, que pegou fogo na cidade de Khuzdar, no oeste do Paquistão, informou à Agência Efe uma fonte policial.
O ataque, cujo motivo é desconhecido, aconteceu pouco depois do meio-dia local, quando o veículo de transporte de passageiros estava retido perto de um posto de combustíveis, segundo Wajahat Haider, agente da polícia local.
De acordo com a fonte, o veículo saía de uma pequena estação de transportes públicos quando os responsáveis pelo ataque se aproximaram em uma motocicleta e abriram fogo contra a caminhonete, que pegou fogo.
As chamas se estenderam a um posto de gasolina próximo, o que provocou um incêndio de grandes proporções, segundo mostram imagens de canais locais.
Embora no começo tenha parecido que o ataque podia ter motivações sectárias, já que os radicais costumam atacar transportes com passageiros xiitas, a Polícia afirmou que entre os mortos não havia membros desta minoria.
Khuzdar está situada na conflituosa província de Baluchistão, cerca de 300 quilômetros ao sul da capital provincial, Quetta.
Baluchistão é a região mais extensa do Paquistão e também a mais despovoada e empobrecida, apesar de contar com grandes recursos naturais como gás e minerais.
Vários grupos armados operam na província desde a criação do país, em 1947, e lutam pela secessão e por uma maior autonomia. Além disso, no norte da zona ficam situadas facções talibãs e outros grupos armados jihadistas.
A violência e a crítica situação dos direitos humanos na província - há centenas de casos de pessoas desaparecidas - levaram o governo regional a uma situação insustentável depois que o Supremo resolveu tomar as rédeas da situação.
O ministro chefe do Baluchistão, Nawab Aslan Raisani, está à beira da destituição e seu partido, o Partido Popular que ocupa o governo federal, foi suspenso de filiação por não seguir as linhas de formação política. EFE