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Ataque a hospital dos Médicos Sem Fronteira deixa 30 mortos

Ataque por aviões norte-americanos foi "erro trágico", diz governo dos Estados Unidos que promete indenizar as vítimas

O hospital da MSF na cidade afegã de Kunduz em chamas após bombardeio contra suas instalações (MSF/AFP)

O hospital da MSF na cidade afegã de Kunduz em chamas após bombardeio contra suas instalações (MSF/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2015 às 10h50.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) atualizou hoje (25) para 30 o número de mortos no bombardeio norte-americano ao hospital da organização em Kunduz, Norte do Afeganistão.

O hospital foi atacado por aviões dos Estados Unidos (EUA) no dia 03 de outubro. No momento, três investigações apuram a responsabilidade dos Estados Unidos, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e de autoridades afegãs no caso.

Em comunicado, os Médicos Sem Fronteiras dizem que o número de mortos continua aumentando. Das 30 pessoas mortas no bombardeio, 10 eram doentes, 13 funcionários e sete estão irreconhecíveis.

No sábado (24), a Otan afirmou que o seu relatório sobre as baixas civis é “confiável” e que a organização continua a trabalhar com o governo afegão para “identificar plenamente as vítimas”.

Contudo, os MSF têm pedido a realização de uma investigação independente, feita por uma comissão de inquérito internacional.

Os Estados Unidos já anunciaram que vão indenizar as vítimas do bombardeio e consideraram o ataque um “erro trágico”.

O ataque forçou o fechamento do centro hospitalar, que tinha grande importância nessa região do país assolada pelo conflito entre os talibãs e o governo afegão e com escassos recursos médicos.

O bombardeio ocorreu poucos dias após a conquista de Kunduz pelos rebeldes talibãs. Muitos habitantes ficaram feridos na contraofensiva do exército afegão, apoiada por aviões de combate dos EUA.

O presidente norte-americano, Barack Obama, apresentou desculpas ao MSF e admitiu que o ataque foi um erro.

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