FN: as investigações tentam determinar se a FN iniciou um sistema para remunerar seus dirigentes e funcionários com recursos públicos da União Europeia (UE) (Jeff J Mitchell/Getty Images)
EFE
Publicado em 10 de março de 2017 às 13h53.
Paris - Um segundo assistente parlamentar da Frente Nacional (FN) foi acusado na investigação aberta contra o partido ultradireitista francês por supostos empregos fictícios, na qual a presidente da formação, Marine le Pen, se negou depor nesta sexta-feira.
Charles Hourcade, assistente de uma deputada da FN no Parlamento Europeu, foi acusado no dia 6 de março por desvio, informou a imprensa local.
Le Pen havia sido convocada pelos juízes de instrução para depor nesta sexta-feira, mas, como tinha anunciado, não compareceu por contar com imunidade parlamentar e por considerar que se trata de "uma operação política" contra ela a menos de 50 dias do primeiro turno das eleições presidenciais na França.
A acusação de Hourcade é a segunda neste caso, após a de Catherine Griset, secretária pessoal da presidente da FN e candidata às eleições.
A justiça francesa abriu há dois anos a investigação a pedido do Parlamento Europeu, que suspeitava que cargos contratados como assistentes parlamentares pela formação ultradireitista trabalhavam na realidade para o partido e não para o Parlamento Europeu.
As investigações tentam determinar se a FN iniciou um sistema para remunerar seus dirigentes e funcionários com recursos públicos da União Europeia (UE) mediante contratos de colaboradores de seus eurodeputados.
A FN nega essas acusações e, como sua presidente, assegura que por trás delas há uma operação política contra Le Pen, em um momento em que lidera, junto a Emmanuel Macron, as intenções de voto para o primeiro turno das eleições presidenciais do dia 23 de abril.