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Assessor de Trump diz que fará o máximo para restabelecer veto

Segundo Miller, a decisão de um juiz de suspender a ordem executiva que estabeleceu o veto migratório foi "ideológica" e não tem base legal

Stephen Miller: o assessor de Trump criticou o Poder Judiciário (Carlos Barria/Reuters)

Stephen Miller: o assessor de Trump criticou o Poder Judiciário (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 08h46.

Washington - O assessor político do presidente dos Estados Unidos, Stephen Miller, defendeu neste domingo a suspensão do programa de refugiados determinada por Donald Trump e o veto à entrada de pessoas de sete países muçulmanos, afirmando que a Casa Branca explorará todas as opções para encerrar a "usurpação do poder" promovida pela Justiça.

Miller disse que a decisão de um juiz de suspender a ordem executiva que estabeleceu o veto migratório foi "ideológica" e não tem base legal, já que o presidente tem a autoridade constitucional.

"Um juiz distrital não pode forçar o presidente dos EUA a mudar as leis e a Constituição com base em suas opiniões pessoais. O presidente pode suspender a entrada de estrangeiros quando é de interesse nacional", disse Miller em entrevista à emissora "ABC".

Um painel de três juízes - dois democratas e um republicano - do Tribunal de Apelações do Nono Circuito, com sede em San Francisco (Califórnia), negou na semana passada, por unanimidade, que a suspensão ao veto coloque o país em risco, como alega o governo.

O assessor de Trump criticou o Poder Judiciário e expressou que toma medida anunciada para reinstaurar o veto demostrará que o "poder do presidente é substancial e não será questionado".

Na sexta-feira, Trump disse que apresentaria uma ordem executiva mais detalhada do que a anterior para suspender a entrada de pessoas que o governo não considera que estão sendo suficientemente investigadas para determinar se podem se radicalizar ou não.

Miller indicou hoje que o governo está considerando diferentes opções, entre elas solicitar uma nova audiência emergencial no Nono Circuito, recorrer à Suprema Corte ou redigir uma nova ordem executiva que possa passar imune pelos tribunais.

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