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Assembleia-Geral da ONU aprova resolução contra Assad

O apoio foi bem menor do que o obtido na resolução anterior da mesma Assembleia-Geral, em agosto do ano passado, que condenou repressão síria contra dissidentes


	Críticos da resolução alegaram que o texto é parcial e favorável aos grupos de oposição a Assad, que contam com o apoio da Liga Árabe e de diversas potências ocidentais
 (Jm Lopez/AFP)

Críticos da resolução alegaram que o texto é parcial e favorável aos grupos de oposição a Assad, que contam com o apoio da Liga Árabe e de diversas potências ocidentais (Jm Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 17h37.

A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira uma resolução que pede uma transição política na Síria e condena o governo do presidente Bashar Assad por aumentar o uso de armas pesadas durante o conflito. A resolução foi aprovava por 107 votos a favor, 12 contra e 59 abstenções.

O apoio foi bem menor do que o obtido na resolução anterior da mesma Assembleia-Geral, em agosto do ano passado, que condenou a repressão síria contra os dissidentes, que obteve o apoio de 133 países.

A Rússia, aliada da Síria, pediu que os países votassem contra a resolução. Um grupo de países latino-americanos, liderado pela Argentina, exigiu mudanças - que não foram aceitas - para alterar a resolução no que diz respeito ao apoio à Coalizão Nacional Síria, o principal grupo de oposição ao governo de Assad.

Críticos da resolução alegaram que o texto é parcial e favorável aos grupos de oposição a Assad, que contam com o apoio da Liga Árabe e de diversas potências ocidentais. As resoluções da Assembleia-Geral da ONU, porém, não têm força de lei.

Violência - Rebeldes sírios atacaram nesta quarta-feira a principal penitenciária da cidade de Alepo. Segundo ativistas, a explosão de dois carros-bomba no local tinha como objetivo libertar centenas de opositores do governo que estariam presos no local, mas os rebeldes não conseguiram chegar perto dos detentos.

Alepo passou a ser uma das principais frentes da guerra civil síria depois de uma ofensiva rebelde ocorrida na cidade em julho A maior cidade da Síria tem valor estratégico e simbólico e os dois lados vêm registrando perdas significativas no confronto para expandir o território sobre o qual têm controle.


Os rebeldes detonaram simultaneamente dois carros-bomba do lado de fora da prisão central na manhã desta quarta-feira, antes de invadirem a instalação, segundo informações do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres.

A ação deu início a um confronto entre tropas do presidente Bashar Assad e combatentes rebeldes. Pelo menos 15 soldados foram mortos, informou o diretor do Observatório, Rami Abdul-Rahman, que não tinha informações sobre baixas entre os rebeldes.

Acredita-se que a prisão central da cidade mantenha 4 mil presos, dentre eles 250 que foram detidos por envolvimento no levante contra o regime de Assad.

Segundo Abdul-Rahman e o Centro de Mídia de Alepo, um grupo ativista da cidade, os confrontos duraram horas, mas os rebeldes não conseguiram chegar ao local onde os prisioneiros são mantidos. A agência estatal de notícias Sana informou que as forças do regime expulsaram os combatentes da oposição.

Há semanas os rebeldes lutam contra tropas do governo na região da prisão na tentativa de tomar a instalação e libertar os prisioneiros. No início deste mês, os rebeldes tomaram a sede das forças antiterrorismo do governo, instalada nas proximidades da cadeia.

As informações são da Associated Press.

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