Revólveres: discutido há sete anos, este tratado é o primeiro que regulamenta a venda de armas convencionais (Whitney Curtis/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2013 às 13h46.
Nova York - A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta terça-feira o primeiro tratado que regulamenta o comércio internacional de armas clássicas, que gira em torno de 80 bilhões de dólares anuais.
O texto foi aprovado por 154 dos 193 países votantes, com 3 votos contra (Síria, Coreia do Norte e Irã) e 23 abstenções, entre as quais a Rússia e os países da Alba.
Discutido há sete anos, este tratado é o primeiro que regulamenta a venda de armas convencionais.
O texto aprovado havia sido bloqueado na semana passada pela Coreia do Norte, Síria e Irã, impossibilitando sua adoção por consenso.
O princípio do tratado consiste em que cada país deve avaliar, antes de qualquer transação, se as armas vendidas podem ser utilizadas para eludir um embargo internacional, cometer um genocídio e outras "violações graves" contra os direitos humanos, ou cair em mãos de terroristas ou criminosos.
Em todos estes casos, o país exportador será obrigado a recusar a transação.
As armas incluídas vão de pistolas até aviões e barcos de guerra, passando pelos mísseis. A lista não envolve os drones, os transportes blindados de tropas e os equipamentos destinados à forças de ordem.
Depois do voto desta terça, cada país fica agora livre para assinar ou não o tratado e ratificá-lo. O convênio entrará em vigor depois de sua ratificação por um mínimo de 50 países, um processo que poderá levar dois anos, segundo um diplomata.