Mundo

Assassino da Noruega fala de seus traumas e choca famílias

"É traumatizante ver nossas irmãs serem violadas por muçulmanos e nossos irmãos vencidos", afirmou Breivik depois de receber autorização para fazer uso da palavra

As declarações de Breivik provocaram um murmurinho de desaprovação entre o público (©AFP / Junge, Heiko)

As declarações de Breivik provocaram um murmurinho de desaprovação entre o público (©AFP / Junge, Heiko)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 15h15.

Oslo - Anders Behring Breivik, que está sendo julgado pela morte de 77 pessoas no ano passado, provocou o estupor do público presente nesta quarta-feira na sala de audiências do tribunal, ao traçar um paralelo entre o sofrimento infringido às famílias de suas vítimas e seus próprios traumas.

Depois de ter ouvido dois psicólogos descrevendo os efeitos devastadores dos ataques de 22 de julho de 2011 para as famílias das vítimas, Breivik lamentou que eles "não tenham falado do trauma de ver confiscadas nossa cultura étnica e nossa religião, sem poder fazer nada".

"É traumatizante ver nossas irmãs serem violadas por muçulmanos e nossos irmãos vencidos", afirmou Breivik depois de receber autorização para fazer uso da palavra.

"Este caso diz respeito ao futuro da Noruega e da Europa. É traumatizante ser tachado de extremista de direita e ser demonizado , acrescentou, ignorando as objeções da juíza.

As declarações de Breivik provocaram um murmurinho de desaprovação entre o público, e, inclusive, alguns dos familiares das vítimas se retiraram da sala.

Lutando para não chorar, Tor Oestboe, cuja esposa morreu no ataque com bomba que Breivik realizou ante a sede do governo, afirmou esperar que "esse assassino arda lentamente no inferno".

Acompanhe tudo sobre:EuropaJustiçaMassacresNoruegaPaíses ricos

Mais de Mundo

Alemanha suspende exportação de armas para Israel em resposta à escalada em Gaza

Israel aprova plano para assumir controle da Cidade de Gaza

Hamas diz a Netanyahu que expandir ofensiva em Gaza 'não será fácil' e preço 'será alto'

Governo dos EUA deixa aberta possibilidade de sancionar China por comprar petróleo russo