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Assassinato de Soleimani fará EUA sair do Oriente Médio, diz Irã

Ministro de Relações Exteriores do Irã diz que ataque americano foi um ato terrorista de covardia

Irã: ministro de Relações Exteriores diz que assassinato de Soleimani foi uma violação da soberania (Reuters/Divulgação)

Irã: ministro de Relações Exteriores diz que assassinato de Soleimani foi uma violação da soberania (Reuters/Divulgação)

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EFE

Publicado em 4 de janeiro de 2020 às 09h45.

Teerã - O ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohamad Yavad Zarif, afirmou neste sábado (4), que o assassinato do general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds, unidade especial dos Guardiões da Revolução Islâmica, pelos Estados Unidos levará as tropas americanas a saírem do Oriente Médio.

Zarif disse em entrevista à televisão estatal na noite desta sexta-feira que os Estados Unidos cometeram um erro de cálculo com o ataque a Bagdá que matou Soleimani e o vice-presidente das Forças de Mobilização Popular (FMP), milícia iraquiana majoritariamente xiita, Abu Mahdi al-Muhandis.

"A República Islâmica do Irã dará uma resposta adequada à medida americana no devido tempo", enfatizou o chefe da diplomacia iraniana, uma ameaça de vingança já feita antes pelo Líder Supremo, Ali Khamenei.

No entanto, devido a essas ameaças, Washington pretende, segundo a imprensa americana, enviar milhares de soldados para o Oriente Médio, enquanto a embaixada dos EUA no Iraque pediu para que os seus cidadãos deixem o país imediatamente. De acordo com Zarif, o ataque americano foi uma violação da soberania e integridade territorial do Iraque e um ato terrorista de covardia.

O ministro observou que os americanos foram enganados para realizar a operação, que ele classificou como "perigosa", pelos líderes de certos países da região, que ele não citou, e por Israel, que deu a Washington "conselhos insensatos".

"Donald Trump (presidente dos EUA) cometeu o crime para fins eleitorais tanto para si mesmo quanto para (o primeiro-ministro israelense Benjamin) Netayanhu", denunciou.

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