Mundo

Assange rejeita relatório dos EUA sobre ciberataques russos

De acordo com o relatório americano, a Rússia tentou desacreditar a candidata democrata Hillary Clinton e ajudar Donald Trump a vencer as eleições

Assange: "É absolutamente constrangedor para a reputação dos serviços de inteligência dos Estados Unidos publicar algo assim e garantir que é um relatório" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Assange: "É absolutamente constrangedor para a reputação dos serviços de inteligência dos Estados Unidos publicar algo assim e garantir que é um relatório" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 16h54.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, chamou nesta segunda-feira de pobre e embaraçoso o relatório dos serviços de inteligência dos Estados Unidos afirmando que a Rússia usou sua organização para favorecer Donald Trump.

"O relatório publicado na sexta-feira (...) não é um relatório de inteligência. Ele não tem a estrutura de um relatório de inteligência", disse Assange numa coletiva de imprensa por telefone de seu confinamento na embaixada equatoriana em Londres.

"É absolutamente constrangedor para a reputação dos serviços de inteligência dos Estados Unidos publicar algo assim e garantir que é um relatório", ressaltou.

"É um comunicado de imprensa", disse ele, "foi claramente concebido para ter um impacto político".

De acordo com o relatório americano, a Rússia tentou desacreditar a candidata democrata Hillary Clinton e ajudar Donald Trump a vencer as eleições presidenciais de 8 de novembro.

Para o FBI, a CIA e a NSA, as três principais agências de inteligência dos Estados Unidos, o presidente Vladimir Putin e o governo russo "desenvolveram uma clara preferência pelo presidente eleito Trump", que durante a campanha fez comentários favoráveis ao líder russo.

Essa informação, em parte embaraçosa ou comprometedora, foi filtrada através do WikiLeaks.

O objetivo final do relatório, que "não apresenta evidências de qualquer tipo", é "deslegitimar a vitória de Donald Trump", segundo Assange.

O australiano voltou a negar que a Rússia tenha fornecido os documentos publicados durante a campanha eleitoral dos Estados Unidos: "as nossas fontes sobre a questão das eleições americanas não partiram de um ator estatal".

A Rússia também minimizou as conclusões do relatório. "São acusações absolutamente infundadas, de um nível amador", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, nesta segunda-feira.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Julian AssangeRússia

Mais de Mundo

Militares dos EUA autorizam saída voluntária de familiares de tropas no Oriente Médio

Milei confirma mudança da Embaixada argentina para Jerusalém em 2026

Governador da Califórnia enfrenta Trump em público e ganha força para 2028

Secretário do Tesouro dos EUA prevê que pacto com a China 'equilibrará' laços econômicos