Mundo

Assange: OEA decide na sexta sobre reunião de chanceleres

Muitos países estão de acordo com a reunião de chanceleres, como Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia e Venezuela,

Julian Assange: o ativista entrou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho
 (Miguel Medina/AFP)

Julian Assange: o ativista entrou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho (Miguel Medina/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 23h43.

Nova York - A OEA decidirá nesta sexta-feira se convoca a reunião de chanceleres, solicitada pelo Equador, para discutir a situação gerada pelo asilo diplomático concedido por Quito ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

O pedido de reunião extraordinária foi realizado pelo Equador à Organização dos Estados Americanos (OEA) após o anúncio do governo britânico de que não permitirá a saída de Assange, refugiado na sede diplomática equatoriana em Londres, do país.

"Temos uma proposta para a reunião dos ministros das Relações Exteriores no dia 23 de agosto, em Washington", e a decisão sobre isto será tomada na tarde de amanhã pelos embaixadores da OEA, anunciou o presidente do Conselho Permanente da organização, o jamaicano Stephen Vasciannie.

Muitos países estão de acordo com a reunião de chanceleres, como Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia e Venezuela, mas outros não concordam com a medida, como Estados Unidos e Canadá.

Segundo a diplomata equatoriana María Isabel Salvador, Quito quer examinar na OEA "as ameaças explícitas realizadas pelo governo britânico" sobre invadir a embaixada em Londres para deter Assange.


A Grã-Bretanha, país observador da OEA, negou qualquer ameaça ao Equador, afirmando que apenas explicou a Quito a "posição legal" de Londres e sua obrigação de extraditar Assange para a Suécia.

Os chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) analisarão o caso Assange neste final de semana, em Guayaquil, 400 km a sudoeste de Quito.

O Equador anunciou nesta quinta-feira a concessão de asilo diplomático a Assange por considerar que existem riscos para sua integridade e sua vida em consequência das revelações feitas no site Wikileaks, mas o governo britânico informou que negará o salvo-conduto para que possa sair da Inglaterra.

"Nós não autorizaremos Assange a sair livremente do Reino Unido, e não há base legal alguma para que façamos isto", disse o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague.

Quito aceitou os argumentos de Assange, que denuncia uma perseguição política de vários países, principalmente dos Estados Unidos, devido à divulgação de centenas de milhares de comunicados diplomáticos e documentos de Washington sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.

O fundador do site WikiLeaks entrou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho, depois de esgotar todas as opções legais contra um pedido de extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais, o que ele nega.

Acompanhe tudo sobre:Julian AssangeJustiçaPersonalidadesWikiLeaks

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado