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Assange considera Obama "lobo em pele de cordeiro"

"Obama parece ser um bom homem, e esse é exatamente o problema. É melhor ter uma ovelha em pele de lobo do que um lobo em pele de cordeiro", declarou por telefone


	Julian Assange: Assange se refugiou na embaixada do Equador em Londres em junho para evitar uma extradição para a Suécia
 (UNTV via Reuters TV/Reuters)

Julian Assange: Assange se refugiou na embaixada do Equador em Londres em junho para evitar uma extradição para a Suécia (UNTV via Reuters TV/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 17h16.

Londres - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "é um lobo em pele de cordeiro", afirmou nesta quarta-feira o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em uma entrevista na qual considerou não ter motivos para comemorar a reeleição.

"Obama parece ser um bom homem, e esse é exatamente o problema. É melhor ter uma ovelha em pele de lobo do que um lobo em pele de cordeiro", declarou à AFP por telefone, horas depois da confirmação da vitória do presidente democrata contra o republicano Mitt Romney.

O australiano, de 41 anos, lembrou que todas as ações apresentadas contra o WikiLeaks nos Estados Unidos ocorreram durante o primeiro mandato de Obama, inclusive a prisão em maio de 2010 de Bradley Manning, o militar americano acusado de vazar documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão a a sua organização.

Assange também criticou o Partido Republicano por não ter sido "uma força de restrição aos excessos do governo" na oposição.

"Não há razões para pensar que isso vai mudar. De fato, os republicanos vão pressionar esta administração a excessos maiores ainda", afirmou.

Nesse sentido, ele declarou estar convencido que um governo liderado por Romney trataria Manning de forma pior. O militar espera seu julgamento e corre o risco de ser condenado à prisão perpétua.

Sobre a sua própria situação, Assange afirmou que "não houve progressos formais nas últimas semanas" nos esforços diplomáticos entre os governos equatoriano e britânico.

Assange se refugiou na embaixada do Equador em Londres em junho para evitar uma extradição para a Suécia como suspeito de crimes sexuais, e ainda espera um salvo-conduto ou uma garantia de que não será extraditado aos Estados Unidos.

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