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Assange concorrerá ao Senado da Austrália como 'libertário'

O fundador de WikiLeaks pode apresentar-se como candidato ao Senado nos estados de Queensland, Nova Gales do Sul ou Victoria, já que viveu em todos eles

Assange conta que os ataques de Gillard ao WikiLeaks contribuíram diretamente para sua decisão de concorrer nas próximas eleições (Oli Scarff/Getty Images)

Assange conta que os ataques de Gillard ao WikiLeaks contribuíram diretamente para sua decisão de concorrer nas próximas eleições (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 06h05.

Sydney - O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido à espera de sua eventual extradição à Suécia, concorrerá ao Senado da Austrália como um 'libertário' a favor de um Governo mais aberto, informa nesta terça-feira a imprensa local.

Assange assegura que, se for eleito, utilizará seu cargo para romper as 'ordens judiciais' e as 'excessivas restrições' ao livre acesso à informação, indicou em entrevista ao periódico 'Sydney Morning Herald'.

Após apresentar-se como um 'feroz defensor da imprensa livre', Assange defende 'o direito dos cidadãos a viver suas vidas sem interferências do Estado'.

Também denuncia a 'traição aos interesses dos cidadãos por parte de políticos que atuam em interesse próprio'.

O WikiLeaks anunciou há duas semanas que Assange concorrerá ao Senado e que outro candidato tentará a cadeira do Parlamento da circunscrição de Lalor, no estado de Victoria, que é ocupada pela primeira-ministra Julia Gillard.

Assange conta que os ataques de Gillard ao WikiLeaks contribuíram diretamente para sua decisão de concorrer nas próximas eleições, previstas para 2013.

O fundador de WikiLeaks pode apresentar-se como candidato nos estados de Queensland, Nova Gales do Sul ou Victoria, já que viveu em todos eles, mas ainda não anunciou qual será sua escolha.

Atualmente, Assange está em liberdade condicional aguardando a decisão do Supremo Tribunal sobre sua extradição à Suécia por assédio sexual, o que poderia abrir a via judicial para sua entrega às autoridades dos Estados Unidos, onde é reclamado por revelar documentação confidencial por meio do WikiLeaks.

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