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Assad e Nasrallah ameaçam com nova frente de resistência

Aliado de Assad, o chefe da poderosa milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu apoiar os seus esforços "para libertar (a área de) Golã síria"


	"O Hezbollah pode começar a encontrar um ponto de apoio na fronteira entre Israel e Síria que, na ausência de um governo central em Damasco, está se tornando caótica", disse Nasrallah
 (©afp.com / -)

"O Hezbollah pode começar a encontrar um ponto de apoio na fronteira entre Israel e Síria que, na ausência de um governo central em Damasco, está se tornando caótica", disse Nasrallah (©afp.com / -)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 23h34.

Beirute - Ameaças de Damasco e de seu aliado libanês Hezbollah para transformar as Colinas de Golã em uma "frente de resistência" contra Israel poderia acabar com quase quatro décadas de calma em toda a linha de cessar-fogo cada vez mais tensa que separa as forças israelenses e sírias.</p>

O presidente sírio, Bashar al-Assad, e seu pai, que o antecedeu no poder, mantiveram a linha de frente entre a Síria e a área de Golã ocupada por Israel em relativa tranquilidade, apesar de haver um estado de guerra oficial entre os dois países e apoio da Síria a militantes no Líbano e em Gaza.

Mas depois dos ataques aéreos de Israel perto de Damasco, no fim de semana, Assad teria dito que iria transformar Golã em uma "frente de resistência", sugerindo que ele tinha dado o sinal verde para grupos militantes lançarem ataques de retaliação.

Aliado de Assad, o chefe da poderosa milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu apoiar os seus esforços "para libertar (a área de) Golã síria".

"Quando Assad disse isso, as autoridades israelenses fizeram pouco caso", escreveu o analista de assuntos militares israelenses no jornal israelense Yedioth Ahronoth. "Mas, quando Assad e Nasrallah expressam exatamente a mesma ameaça, deve ser levado a sério", acrescentou.

"O Hezbollah pode começar a encontrar um ponto de apoio na fronteira entre Israel e Síria que, na ausência de um governo central em Damasco, está se tornando caótica." O Hezbollah travou uma guerra de 34 dias com Israel em 2006, disparando milhares de foguetes contra o norte de Israel.

Nasrallah disse que em resposta ao ataque aéreo israelense, que fontes de inteligência disseram ter como alvo armas específicas destinadas a combatentes do Hezbollah, a Síria iria fornecer ao grupo armas mais sofisticadas.

"Se o inimigo israelense pensa que pode destruir a Síria, deixe-me dizer que a Síria e o Hezbollah podem destruir Israel", disse o parlamentar sírio Sharif Shehada à televisão Manar do Hezbollah.

"Quando o presidente Assad diz que a Síria tornou-se uma nação de resistência, ele está certo do que está dizendo." Assim como o Hezbollah, Assad ainda pode depender de algumas facções palestinas leais com base na Síria para realizar ataques contra Israel.

Um grupo que se autodenomina Movimento Palestina Livre afirmou nesta sexta-feira que seus combatentes atacaram um posto de observação israelense nas Colinas de Golã. O Exército de Israel disse que não tinha conhecimento de qualquer incidente.

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