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Assad é culpado por ataque químico da Síria, diz Trump

Segundo o presidente dos EUA, o ataque que deixou ao menos 58 mortos, são ações terríveis do regime de Assad que não podem ser toleradas

Ataque com armas químicas: o presidente americano não quis adiantar, porém, se mudaria a política em relação ao regime de Assad nem se poderia realizar um ataque militar (Ammar Abdullah/Reuters)

Ataque com armas químicas: o presidente americano não quis adiantar, porém, se mudaria a política em relação ao regime de Assad nem se poderia realizar um ataque militar (Ammar Abdullah/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2017 às 15h30.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 15h49.

São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que o regime de Bashar al-Assad é responsável pelo ataque aparentemente realizado com uma arma química na Síria, que deixou pelo menos 58 mortos na terça-feira.

"O ataque químico horrível na Síria contra inocentes foi uma afronta à humanidade", disse Trump. O presidente americano não quis adiantar, porém, se mudaria a política em relação ao regime de Assad nem se poderia realizar um ataque militar em território sírio.

Durante entrevista coletiva com o rei da Jordânia, Abdullah, Trump disse que "essas ações terríveis do regime de Assad não podem ser toleradas" e que o ataque de ontem "cruzou muitos limites" para ele.

O presidente americano disse que sua atitude em relação à Síria e ao regime de Assad pode "mudar muito" e que "já está mudando".

Mas Trump também criticou o governo do antecessor, Barack Obama, por adiantar ações militares, dando aos inimigos tempo para se preparar para um eventual ataque.

"Não estou dizendo que atacarei ou não a Síria, não anteciparei essa informação", disse. Trump comentou que o ataque contra civis na Síria, inclusive crianças, "teve um grande impacto sobre mim".

O presidente americano agradeceu a visita à Casa Branca do rei da Jordânia e enfatizou que o país é um importante aliado. "A Jordânia é uma fonte de estabilidade e esperança no Oriente Médio e preservaremos essa relação", disse.

Trump agradeceu a parceria jordaniana na luta contra o Estado Islâmico e outros extremistas. "Discutimos hoje com o rei como vencer o Estado Islâmico e é isso que faremos. Destruiremos o Estado Islâmico e protegeremos nossa civilização, não temos escolha."

O rei jordaniano disse que é preciso acabar com o conflito na Síria, preservando a integridade territorial do país. Segundo Abdullah, Trump tem feito um bom trabalho para avançar na busca pela paz na região.

Trump, por sua vez, elogiou a Jordânia por seu papel em receber refugiados da guerra síria e disse que os EUA continuarão a contribuir financeiramente para auxiliar nessa tarefa.

"Os refugiados querem voltar para casa e isso deve ser parte da política para eles", disse Trump. O rei jordaniano, por sua vez, lembrou que a volta dos refugiados para casa, após o fim dos conflitos, ajuda inclusive economicamente seus países de origem.

Os líderes também expressaram o desejo comum de que finalmente se chegue à paz entre Israel e os palestinos. Trump disse estar confiante na possibilidade de um acordo, mesmo após décadas de tentativas frustradas.

O presidente americano ainda criticou o acordo fechado entre potências, entre elas os EUA sob Obama, e o Irã, pelo qual Teerã desistiu de qualquer iniciativa de um programa nuclear com fins militares, em troca do relaxamento de sanções internacionais. Trump disse que o acordo com o Irã é "um dos piores que já vi" e que não deveria ter sido feito, pois segundo ele só beneficia um lado da questão.

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