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Assad diz que negociações se concentrarão no cessar-fogo na Síria

Segundo o presidente da Síria, "isto protegerá a vida das pessoas e permitirá levar ajuda às diferentes regiões"

Bashar al-Assad: negociações começarão na segunda-feira na capital do Cazaquistão (AFP)

Bashar al-Assad: negociações começarão na segunda-feira na capital do Cazaquistão (AFP)

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AFP

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 12h24.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que as negociações entre o regime e os rebeldes, previstas a partir de segunda-feira em Astana, se concentrarão em um reforço do cessar-fogo em vigor desde o fim de dezembro.

"Acredito que no início se concentrarão e será dada prioridade" ao cessar-fogo, declarou à televisão pública japonesa TBS, segundo trechos publicados nesta quinta-feira pela presidência síria.

"Isto protegerá a vida das pessoas e permitirá levar ajuda às diferentes regiões da Síria", disse.

As negociações, auspiciadas pela Turquia, que apoia os rebeldes, e por Rússia e Irã, aliados do regime, começarão na segunda-feira na capital do Cazaquistão.

Moscou e Ancara promoveram um cessar-fogo entre as forças do regime e os rebeldes que está em vigor desde 30 de dezembro, apesar de esporádicos surtos de violência, sobretudo perto de Damasco.

"Acreditamos que a conferência adotará a forma de negociações entre o governo e os grupos terroristas para levar a um cessar-fogo e permitir que estes grupos se unam aos acordos de reconciliação na Síria", acrescentou o chefe de Estado.

Damasco concluiu acordos "de reconciliação" que levaram à partida de rebeldes - classificados de terroristas pelo regime - em troca do fim dos bombardeios e do cerco.

Bashar al-Assad estimou que, se forem concluídos acordos similares, os insurgentes "teriam que depor as armas e se beneficiariam de uma anistia do governo. É a única coisa que se pode esperar neste momento".

Tanto a ONU quanto os grupos rebeldes são muito críticos a este tipo de acordos.

A maior parte dos grupos rebeldes anunciaram sua participação nas negociações de Astana. Mas o principal deles, Ahrar al Sham, não se apresentará.

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