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Assad defende legitimidade de eleições, segundo Rússia

Segundo o senador, Assad destacou que seu país vive uma "vida política ativa e que quase 12 mil pessoas participarão como candidatos na eleição parlamentar"


	Eleições na Síria: "Assad ressaltou a importância deste processo e enfatizou a participação sem precedentes dos cidadãos sírios"
 (Omar Sanadiki / Reuters)

Eleições na Síria: "Assad ressaltou a importância deste processo e enfatizou a participação sem precedentes dos cidadãos sírios" (Omar Sanadiki / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 10h12.

Moscou - O presidente sírio, Bashar al Assad, defendeu nesta terça-feira a legitimidade das eleições legislativas de amanhã, em resposta as críticas ocidentais, informou um grupo de senadores russos que foi recebido por ele.

"Durante a reunião, Assad aludiu às declarações do (secretário de Estado dos Estados Unidos) John Kerry sobre a legitimidade do pleito. Ressaltou que, para ele, é mais importante a opinião do povo sírio do que as avaliações dos representantes ocidentais", afirmou Dmitry Sablin à imprensa russa.

Segundo o senador, Assad destacou que seu país vive uma "vida política ativa e que quase 12 mil pessoas participarão como candidatos na eleição parlamentar, mais que em muitos países ocidentais".

"Assad ressaltou a importância deste processo e enfatizou a participação sem precedentes dos cidadãos sírios", disse Sablin.

Segundo o presidente sírio, a ativa participação dos sírios "se explica, em primeiro lugar, pelo fato de que os cidadãos acreditam que o diálogo político permitirá a rápida instauração da paz".

Sobre isso, o mediador da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Staffan De Mistura, se negou a comentar o pleito, afirmando que só lhe interessam "eleições que cumpram os requisitos da resolução 2254 do Conselho de Segurança, ou seja, as organizadas em menos de 18 meses, supervisionadas pela ONU e com a participação dos refugiados".

A resolução determina a necessidade de criar um órgão executivo transitório que redigirá uma nova Constituição e convocará eleições em um prazo de 18 meses.

Enquanto isso, tanto a oposição quanto os Estados Unidos rejeitaram recentemente a proposta feita pelo próprio Assad de formar "um governo de união nacional", em vez de um executivo de transição, e chamaram a Rússia para condenar o pleito de amanhã.

Os Estados Unidos colocaram em dúvida a possibilidade de realizar uma votação e garantir a segurança dos eleitores no meio de uma guerra contra o Estado Islâmico e outros grupos jihadistas.

O presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, opinou que as eleições não prejudicam o processo de paz e estão em consonância com a Constituição síria vigente. 

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