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Assad decreta anistia geral em meio a passeatas de apoio a seu regime

Manifestações acontecem em Damasco, Aleppo, Deraa, Homs e Tartus, entre outras cidades

Assad decretou uma anistia geral que incluía os presos políticos e os membros da Irmandade Muçulmana (Courtney Kealy/Getty Images)

Assad decretou uma anistia geral que incluía os presos políticos e os membros da Irmandade Muçulmana (Courtney Kealy/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h52.

Cairo - O presidente sírio, Bashar al-Assad, anunciou nesta terça-feira uma anistia geral a todos os delitos cometidos antes de 20 de junho de 2011, ao tempo que são realizadas manifestações de apoio ao regime em diversas cidades do país.

A agência oficial síria "Sana" divulgou a decisão presidencial em uma nota urgente e não ofereceu mais detalhes sobre a anistia, a segunda decretada por Assad desde o início dos protestos, há três meses.

Em 31 de maio, Assad decretou uma anistia geral que incluía os presos políticos e os membros da Irmandade Muçulmana para os réus que tivessem perpetrado delitos até aquele dia.

Nessa ocasião, o indulto consistia no perdão da metade da pena sempre e quando não houvesse uma denúncia interposta por um indivíduo.

O anúncio desta terça-feira coincide com grandes manifestações nas principais cidades do país em apoio ao regime de Assad e a seu programa de reformas.

As passeatas acontecem em Damasco, Aleppo (norte), Deraa (sul), Homs (centro) e Tartus (leste), entre outras cidades.

Na capital, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça de Amawin, próxima à Mesquita dos Omíada, onde tremulavam bandeiras sírias e mostravam retratos de Assad, segundo as imagens emitidas pela emissora de televisão.

Além disso, a anistia foi anunciada apenas um dia depois de o líder oferecer um discurso na Universidade de Damasco no qual defendeu um diálogo nacional para pôr fim à crise e seguir com as reformas.

Em sua alocução, a terceira desde que começaram os protestos, Assad voltou a denunciar a existência de uma "conspiração internacional" contra a Síria e acusou grupos armados e radicais islâmicos de estar por trás da revolta.

Segundo o opositor Observatório Sírio para os Direitos Humanos, 1.310 civis e 341 militares e policiais morreram desde meados de março pela repressão das manifestações.

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