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Assad considera Hezbollah modelo de resistência, diz jornal

Segundo o presidente sírio, seu país dará tudo ao grupo xiita libanês em agradecimento a seu apoio


	Assad: "pela primeira vez, sentimos que eles e nós vivemos a mesma situação e que eles não são apenas aliados", disse
 (AFP/Reprodução)

Assad: "pela primeira vez, sentimos que eles e nós vivemos a mesma situação e que eles não são apenas aliados", disse (AFP/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h32.

Damasco - A Síria dará tudo ao Hezbollah xiita libanês em agradecimento a seu apoio, e seguirá seu modelo de resistência contra Israel, declarou nesta quinta-feira o jornal libanês Al-Akhbar, citando o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Estas declarações acontecem dias depois de Israel realizar ataques aéreos na Síria que, de acordo com o Estado judeu, tinham como alvos armas iranianas destinadas ao Hezbollah.

O jornal, que cita libaneses que conversaram com Assad em Damasco, disse que o presidente sírio "decidiu dar tudo" ao Hezbollah, mas não entrou em detalhes.

"Pela primeira vez, sentimos que eles e nós vivemos a mesma situação e que eles não são apenas aliados", acrescentou Assad, expressando "confiança, satisfação e profunda gratidão para com o Hezbollah."

O movimento xiita reconheceu recentemente o envio de combatentes para lutar ao lado das tropas sírias, especialmente em Quseir, perto da fronteira com o Líbano.

Em 2006, uma guerra opôs o Hezbollah (apoiado pelo Irã) a Israel. Assad afirmou que quer "se aproximar (do Hezbollah) e se transformar em um país de resistência como o Hezbollah, para salvaguardar a Síria e as futuras gerações."

A Síria poderia ter respondido "facilmente" aos ataques israelenses perpetrados na sexta-feira e domingo, perto de Damasco "lançando vários foguetes contra Israel", disse ele, mas "queremos uma revanche estratégica, abrindo a porta para a resistência e fazendo de toda a Síria um país de resistência".

Assad voltou a acusar os rebeldes de serem "soldados" de Israel. O regime sírio chama de "terroristas" os insurgentes.

O regime sírio e os rebeldes se enfrentam em uma guerra que causou, segundo a ONU, mais de 70 mil mortos.

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