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Assad afirma que apenas as urnas decidirão seu futuro

O presidente sírio advertiu que o país pode enfrentar uma longa guerra se a comunidade internacional continuar ajudando os rebeldes


	O presidente sírio Bashar al-Assad durante a entrevista ao canal Russia Today: "as urnas vão dizer a qualquer presidente se ele fica ou parte, muito simples"
 (Russia Today/AFP)

O presidente sírio Bashar al-Assad durante a entrevista ao canal Russia Today: "as urnas vão dizer a qualquer presidente se ele fica ou parte, muito simples" (Russia Today/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 09h20.

Moscou - O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que apenas as urnas podem decidir seu futuro e advertiu que o país pode enfrentar uma longa guerra, em uma entrevista concedida a um canal de televisão russo.

Assad declarou ao Russia Today (RT) que o fato do presidente "ficar ou partir" é um "assunto do povo", que "só pode ser decidido nas urnas".

"Não é sobre o que escutamos. É sobre o que nós podemos tirar das urnas e as urnas vão dizer a qualquer presidente se ele fica ou parte, muito simples", afirmou o presidente em inglês na entrevista, gravada em Damasco.

Assad negou que a Síria passe por uma "guerra civil", mas afirmou que o conflito com os rebeldes pode virar "uma guerra de longa duração" caso os insurgentes continuem recebendo ajuda do exterior.

Assad descreveu como "sem precedentes" o apoio que, segundo ele, os rebeldes recebem do exterior em termos de armas, dinheiro e respaldo.

"Portanto, você deve esperar uma guerra dura e difícil. Você não pode esperar que um país pequeno como a Síria derrote todos estes países que estão lutando contra nós por meio de outras pessoas em alguns dias ou semanas".

Se o apoio externo aos rebeldes parasse, afirmou Assad, "posso dizer que em semanas acabaríamos com tudo".

"Mas enquanto houver um abastecimento contínuo de terroristas, armamentos, logística tudo o mais, será uma guerra de longo prazo".

Ao mesmo tempo, Assad negou que o país esteja em guerra civil, já que estes conflitos "devem ser baseados em problemas étnicos ou sectários".

"Existem divisões, mas divisão não significa guerra civil", completou.

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