Asma Assad é criticada agora por seu silêncio diante da repressão contra os opositores do regime
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h32.
Bruxelas - Asma al Assad, esposa do presidente sírio, Bashar al Assad, pode viajar ao Reino Unido apesar das sanções impostas nesta sexta-feira pela União Europeia (UE), porque conserva a nacionalidade britânica, segundo confirmaram fontes diplomáticas.
Asma, nascida em Londres, foi castigada pela UE por seu apoio à repressão violenta liderada por seu marido com um congelamento de seus ativos na Europa e uma proibição de viajar para território europeu.
No entanto, o regime europeu de sanções deixa claro que este último ponto não pode obrigar a um Estado membro de negar a entrada de um cidadão nativo.
A decisão de vetar sua entrada, portanto, corresponderia em todo caso de forma individual a Londres e em regra às leis britânicas.
Perguntado sobre o assunto, o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, recusou se pronunciar sobre o caso.
As sanções contra Assad só se tornarão oficiais neste sábado, quando a decisão for publicada no Diário Oficial da UE.
Diversas fontes, no entanto, confirmaram que na nova lista de 12 sancionados estão a esposa, a mãe, uma cunhada e uma irmã do presidente sírio.
Asma al Assad, filha de um cardiologista e de uma diplomata sírios que se instalaram no Reino Unido há décadas, nasceu e cresceu em Londres, onde começou sua carreira profissional em bancos, que abandonou para se casar.
Nos últimos dias, uma série de e-mails ganhou destaque na imprensa internacional ao revelar que, enquanto cidadãos sírios morriam nos ataques do Governo, ela gastava milhares de dólares em compras de produtos de luxo através da internet. EFE