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Ashton pede libertação de Mursi e de presos políticos

A chefe da Política Externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, foi informada de que o ex-líder está "bem" e "bem cuidado"


	O presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi: a chefe da diplomacia europeia disse também que quer ver como o Egito avançará rumo à democracia e sustentou que é necessário o compromisso de todas as partes neste processo.
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi: a chefe da diplomacia europeia disse também que quer ver como o Egito avançará rumo à democracia e sustentou que é necessário o compromisso de todas as partes neste processo. (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 17h22.

Cairo - A chefe da Política Externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, disse nesta quarta-feira no Cairo que teria gostado de ver o presidente deposto Mohammed Mursi, retido desde o golpe de Estado, e pediu sua libertação e a de presos políticos.

Sobre Mursi, Ashton afirmou em comunicado divulgado pela UE que embora não tenha podido estar com ele, foi informada de que o ex-líder está "bem" e "bem cuidado".

"Deixei claro em minhas declarações e em todas as reuniões que tive que acho que Mursi deve ser posto em liberdade e que os presos políticos devem ser libertados", afirmou.

A chefe da diplomacia europeia disse também que quer ver como o Egito avançará rumo à democracia e sustentou que é necessário o compromisso de todas as partes neste processo. Ashton destacou a importância do desenvolvimento de "um processo totalmente inclusivo para assegurar que o país realmente pertença a todo mundo e que o povo sinta que participa dele".

Durante sua estadia no Cairo, a Alta Representante da Política Externa da UE se reuniu com o presidente interino Adly Mansour, o chefe do Governo, Hazem el Beblaui, e o vice-primeiro-ministro e titular da Defesa Abdel Fatah Al Sisi. Ela também se reuniu com dois dirigentes do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, Amro Darag e Mohammed Ali Bishr, e com o ex-primeiro-ministro Hisham Qandil.

Ashton também teve conversas com membros da sociedade civil e da campanha "Tamarrud" (Rebelião), que organizou os protestos de 30 de junho que pediam eleições presidenciais antecipadas.

Esta é a primeira visita de Ashton ao país árabe desde o golpe de estado militar de 3 de julho que depôs Mursi, líder do braço político da Irmandade Muçulmana até assumir a presidência após as eleições em maio de 2012.

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