Catherine Ashton apontou que tanto na Líbia como nas demais revoltas do norte da África o que se pede é transparência política (Peter Macdiarmid/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2011 às 12h25.
Estrasburgo - A alta representante da União Europeia, Catherine Ashton, afirmou nesta quarta-feira no Parlamento Europeu que "é preciso deixar que os líbios façam sua revolução", sem indicar se a Europa deve intervir militarmente nem se a saída de Muammar Kadafi é imprescindível para haver avanços.
Durante o debate sobre a resposta europeia à rebelião na Líbia e a situação de emergência no norte da África, a chefe da diplomacia europeia destacou que as prioridades da UE são "a assistência humanitária, a evacuação dos europeus e o fim da violência".
Ashton também se mostrou favorável à "extensão das ajudas" e à "busca por soluções de meio e longo prazo".
"Se temos que nos fazer uma crítica, é que muitas vezes precisamos de tempo demais para agir", reconheceu a alta representante.
Segundo Ashton, "é preciso que a Europa dê uma resposta que esteja à altura da revolução".
Na noite de ontem Ashton se reuniu com representantes do Conselho Nacional de Transição em Estrasburgo e ouviu os testemunhos de seus próprios colaboradores enviados à região.
A chefe da diplomacia europeia apontou que tanto na Líbia como nas demais revoltas do norte da África o que se pede é "transparência política, trabalho, educação e justiça".