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As novas batalhas de Trump

Nas eleições americanas, o impensável aos poucos se torna o possível. As primárias previstas para a próxima semana devem confirmar que a corrida à Casa Branca será entre uma favorita, a democrata Hillary Clinton, e um completo azarão, o republicano Donald Trump. A dúvida se Trump tem chances reais de superar a ex-secretária de Estado […]

DONALD TRUMP: ele está empatado com Hillary na corrida nacional, mas continua atrás em regiões fundamentais / Russell Cheyne / Reuters

DONALD TRUMP: ele está empatado com Hillary na corrida nacional, mas continua atrás em regiões fundamentais / Russell Cheyne / Reuters

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 06h36.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h40.

Nas eleições americanas, o impensável aos poucos se torna o possível. As primárias previstas para a próxima semana devem confirmar que a corrida à Casa Branca será entre uma favorita, a democrata Hillary Clinton, e um completo azarão, o republicano Donald Trump. A dúvida se Trump tem chances reais de superar a ex-secretária de Estado está superada. Ele pode ganhar.

Para começar, eleitores republicanos votam em candidatos republicanos, e nem a língua afiada de Trump parece capaz de reverter a tendência. Com cerca de 85% do eleitorado republicano a seu favor, o empresário tem, na prática, o mesmo apoio que outros candidatos do partido tiveram nos últimos 20 anos.

Seus índices de rejeição também não devem ser um problema — Hillary é quase tão impopular quanto ele. Com as últimas pesquisas nacionais mostrando os dois virtualmente empatados, as análises, daqui pra frente, serão muito mais detalhistas. O que deve definir a parada não é a popularidade no Twitter, mas o trabalho do dia-a-dia em regiões decisivas.

Neste ponto, Trump tem um problema. Regiões que tradicionalmente decidem o pleito nos Estados Unidos — a Flórida, o oeste “profundo”, o cinturão agrícola, a Carolina do Norte e seu entorno —ainda não engoliram a candidatura do empresário. Moram nessas regiões 90 milhões de americanos. São 90 milhões de cabeças que Trump precisará mudar se quiser chegar a novembro com chances reais de ingressar com seu topete na Casa Branca.

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