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Artista chinês denuncia governo de seu país em Estocolmo

O artista chinês Ai Weiwei denunciou a "detenção suave" a que é submetido na China e que o impediu de ir à capital sueca para participar de júri de festival

O artista chinês Ai Weiwei: "espero que isso possa dar uma certa ideia da forma com que as autoridades podem limitar a liberdade de expressão", disse (Robert Vos/AFP)

O artista chinês Ai Weiwei: "espero que isso possa dar uma certa ideia da forma com que as autoridades podem limitar a liberdade de expressão", disse (Robert Vos/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 12h15.

Estocolmo - O artista chinês Ai Weiwei denunciou nesta terça-feira, em um vídeo difundido em Estocolmo, a "detenção suave" a que é submetido na China e que o impediu de ir à capital sueca para participar do júri do Fest Film.

Ai Weiwei, de 56 anos e proibido de deixar a China, é representado por uma cadeira vazia no evento.

"Lamento não poder comparecer. Por isso, concebi e enviei um objeto simbólico", afirmou o artista plástico.

"Espero que isso possa dar uma certa ideia da forma com que as autoridades podem limitar a liberdade de expressão, limitar os direitos humanos, fundamentais dos artistas, o direito de viajar ou de participar em atividades culturais", disse ainda.

"Continuo vivendo numa espécie de detenção suave. Meu passaporte continua nas mãos das autoridades", recordou.

A cadeira inspirada no estilo da dinastia Ming (séculos XIV a XVII), enviada de Pequim, foi colocada entre os outros membros do júri e diante de uma tela onde se vê o rosto do artista.

Ai Weiwei é conhecido no exterior por denunciar as violações dos direitos humanos na China e ficou detido durante 81 doas na China, acusado de evasão fiscal.

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