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Arsenal nuclear de Israel é "a maior ameaça para a paz", diz Irã

Afirmação foi feita resposta às recentes declarações de Estados Unidos e Israel contra o programa nuclear da República Islâmica

Irã: Trump garantiu que governo fará "mais" para garantir que Teerã "nunca desenvolva uma arma nuclear" (STR/Reuters)

Irã: Trump garantiu que governo fará "mais" para garantir que Teerã "nunca desenvolva uma arma nuclear" (STR/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 10h24.

Teerã - O arsenal atômico israelense é "a maior ameaça para a paz global e regional", garantiu nesta quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores do Irã, em resposta às recentes declarações de Estados Unidos e Israel contra o programa nuclear da República Islâmica.

O porta-voz das Relações Exteriores Bahram Qasemi disse que essas declarações são "a repetição das afirmações infundadas e indignas sobre o programa nuclear pacífico do Irã".

O presidente americano, Donald Trump, garantiu ontem que seu governo fará "mais" para garantir que Teerã "nunca desenvolva uma arma nuclear".

Trump voltou a criticar o acordo nuclear de julho de 2015 entre o Irã e o G5+1 (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido, mais Alemanha), mas não disse categoricamente que seu país iria se retirar do pacto.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que faz uma visita oficial aos EUA, considerou, por sua vez, o acordo nuclear um caminho para que a República Islâmica obtenha um "arsenal atômico".

Sobre isso, Qasemi lembrou que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e vários países confirmaram "a natureza pacífica do programa nuclear do Irã".

"A amarga verdade é que essas afirmações sem fundamento estão sendo repetidas por um regime (Israel) que não é fiel a nenhuma lei internacional e que tem centenas de ogivas nucleares", denunciou o porta-voz.

A tensão entre Teerã e Washington disparou desde que Trump ordenou a suspensão de vistos para os cidadãos de sete países de maioria muçulmana, entre eles o Irã, e impôs novas sanções a indivíduos e entidades iranianas.

A República Islâmica reagiu a essas ações com a adoção de medidas recíprocas, e também realizou testes de mísseis, que foram condenados pelos EUA.

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