As armas foram descobertas depois que os rebeldes tomaram Trípoli e os aliados de Kadafi abandonaram a embaixada (Marco Longari/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2011 às 14h11.
Cairo - Os representantes do Conselho Nacional de Transição líbio encontraram na embaixada do país no Cairo um arsenal de armas, que de acordo com eles seria utilizado contra a oposição líbia no Egito.
Os diplomatas fiéis ao ex-líder líbio Muammar Kadafi abandonaram a embaixada no final de agosto, quando os rebeldes tomaram Trípoli. A partir daí, os representantes do novo Governo líbio tomaram posse do edifício.
'Não temos nenhuma relação com estas armas, o máximo que deveria haver na embaixada são dois ou três revólveres', afirmou em entrevista coletiva o representante líbio na Liga Árabe e embaixador no Egito, Abdel Moneim al-Huni.
'Toda esta quantidade de armas tinha o objetivo de ser utilizada contra a oposição líbia residente no Egito', ressaltou al-Huni. 'As armas são novas, chegaram nos últimos dias antes da queda de Kadafi e a maioria ainda está empacotada', destacou.
Como constatou a reportagem da Agência EFE, no arsenal há vários fuzis de franco-atirador com visão telescópica, pistolas e revólveres de vários calibres, metralhadoras, fuzis Kalashnikov, aproximadamente 50 granadas de mão, explosivos, detonadores, facas e munição.
Para al-Huni, 'está claro que as armas tinham sido preparadas para realizar grandes operações dentro do Egito e corromper a segurança do país e dos líbios residentes'.
O representante do Conselho Nacional de Transição afirmou que as armas serão entregues às Forças Armadas egípcias ou ao Ministério do Interior para que sejam examinadas e seja confirmado se foram utilizadas dentro do país.
De acordo com al-Huni, o arsenal foi encontrado em caixas-fortes situadas em pontos diferentes da embaixada, onde também encontraram várias caixas vazias: 'É evidente que havia mais armas ocultas em outras caixas e que foram destruídas no deserto ocidental egípcio', afirmou.
A origem das armas é desconhecida, mas al-Huni se mostrou convencido de que não foram compradas no mercado egípcio, porque 'as que são vendidas no Egito são antigas e usadas'.