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Arqueólogos chineses descobrem ruínas de 6 cidades em um só local

Cada uma das cidades foi construída sobre as ruínas das que lhe antecederam no tempo

Arqueologia: o achado é o resultado de meia década de trabalho de escavação (Krugloff/Thinkstock)

Arqueologia: o achado é o resultado de meia década de trabalho de escavação (Krugloff/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 14h39.

Última atualização em 14 de março de 2017 às 09h19.

Pequim - Arqueólogos chineses desenterraram seis antigas cidades, cada uma delas construída sobre as ruínas das que lhe antecederam no tempo, em uma mesma jazida no centro do país, informou nesta segunda-feira o jornal "South China Morning Post".

O achado é o resultado de meia década de trabalho de escavação na jazida de Xinzheng, na cidade de Kaifeng, uma das mais antigas do país e que chegou a ser capital em várias dinastias chinesas.

A mais antiga destas cidades, chamada Kailang, remonta à época dos Reinos Combatentes (475-221 A.C., período imediatamente anterior à primeira unificação da China), enquanto a mais moderna, já com o mesmo nome atual de Kaifeng, data da última dinastia imperial, a Qing (1644-1911).

A jazida se encontra na margem sul do rio Amarelo, o que favoreceu o desaparecimento de cidades em ruínas - vítimas de inundações ou dos sedimentos deixados pelas correntes - antes que se construíssem outras novas no mesmo lugar, destacaram os responsáveis pela descoberta.

As primeiras notícias sobre a possível existência destas seis cidades foram publicadas já no ano de 2006, embora as escavações não tenham se iniciado até 2012 e os resultados do projeto - convenientemente batizado "Cidade sobre Cidade" - só tenham se cristalizado agora.

Cada cidade está enterrada a cerca de dois metros de profundidade a respeito da que lhe sucedeu no tempo, e Kailang, a mais antiga, foi encontrada a 12 metros sob a terra, segundo o "South China Morning Post".

Segundo a notícia, as seis cidades apresentam semelhanças de projeto urbanístico, especialmente pela presença de um eixo norte-sul que ainda é muito frequente nas grandes cidades da civilização chinesa, incluindo a atual capital, Pequim.

As seis antigas cidades também compartilham uma localização similar de suas ruas principais, assim como quase idêntica localização das portas amuralhadas que davam acesso às populações.

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