Mundo

"Armstrong riu da cara de muita gente", diz Mark Webber

O piloto australiano destaca a atitude "desafiadora" de Armstrong há poucos dias na entrevista que o ciclista concedeu à apresentadora Oprah Winfrey


	Lance Armstrong: "Ele admitiu que havia se dopado, mas não acreditava que estivesse trapeceando", escreveu Webber.
 (Reuters)

Lance Armstrong: "Ele admitiu que havia se dopado, mas não acreditava que estivesse trapeceando", escreveu Webber. (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 15h31.

Londres - O piloto Mark Webber, da Red Bull, criticou duramente seu antigo amigo, o ex-ciclista americano Lance Armstrong, por "rir da cara de muita gente" durante os anos em que se dopou.

O piloto australiano destaca a atitude "desafiadora" de Armstrong há poucos dias na entrevista que o ciclista concedeu à apresentadora Oprah Winfrey, na qual reconheceu ter consumido todos os tipos de substâncias proibidas desde meados dos anos 90 e se submeteu a transfusões de sangue para ocultar os vestígios do doping.

"Ele admitiu que havia se dopado, mas não acreditava que estivesse trapeceando", escreveu o piloto da escuderia Red Bull em seu último post na coluna que mantém na "BBC" e que será encerrada nesta terça-feira.

"Ele riu da cara de muita gente durante muito tempo e nos tratou como idiotas", disse o australiano, que relata no texto a história de sua amizade e sua admiração por Armstrong.

"Acho que o que mais assusta é a quantidade de gente que ele estava disposto a envolver, gente que estava do lado certo", comentou o piloto, de 36 anos.

Webber nomeia outras ciclistas supostamente envolvidos em casos de doping como Alberto Contador, Ivan Basso e Jan Ullrich, entre outros, e elogia os "ciclistas limpos" que "moralmente estão muito distantes de Armstrong".

"Quando penso em Lance Armstrong, penso nesses ciclistas limpos que competiram no sistema que ele alimentava semana sim, semana não", afirmou o companheiro do tricampeão alemão Sebastian Vettel.


"Nunca saberemos, mas alguns deles poderiam fazer frente a Armstrong, Ivan Basso, Jan Ullrich, Alexander Vinokourov, Alberto Contador, Richard Virenque e outros. Tristemente, nunca lembraremos seus nomes mas, para mim, moralmente estão muito distantes deles", acrescentou.

No resto do texto, Webber narra a origem de sua amizade com Armstrong e a admiração que tinha por ser um líder do ciclismo e por ter superado um câncer, doença que também atingiu seu avô, morto quando o piloto tinha 14 anos.

Webber também diz que o livro escrito pelo ciclista, "Minha Volta à Vida", foi, para ele, "um incrível relato de como superou o câncer como pessoa, paciente e atleta".

No entanto, Webber disse que sua amizade com o atleta acabou depois que Armstrong não compareceu a um Grande Prêmio de Fórmula 1 que tinha sido convidado e "não se desculpou".

Além disso, "os rumores persistentes que apontavam Armstrong como um mentiroso em série e longas conversas com o jornalista Paul Kimmage (que seguiu o caso durante anos) fizeram com que me desse conta de que talvez não era tudo isso o que se esperava", revela Webber. 

Acompanhe tudo sobre:AtletasCiclismoDopingEsportesLance Armstrong

Mais de Mundo

Qual visto é necessário para trabalhar nos EUA? Saiba como emitir

Talibã proíbe livros 'não islâmicos' em bibliotecas e livrarias do Afeganistão

China e Brasil fortalecem parceria estratégica e destacam compromisso com futuro compartilhado

Matt Gaetz desiste de indicação para ser secretário de Justiça de Donald Trump