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Argentinos devem eleger Fernández e Kirchner já no 1º turno, diz pesquisa

Levantamento da consultoria Gustavo Córdoba & Associados mostra, ainda, que 60% dos argentinos hoje reprovam o governo de Mauricio Macri

Cristina Kirchner e Alberto Fernández: chapa liderada por Fernández está cada vez mais próxima da presidência da Argentina (Agustin Marcarian/Reuters)

Cristina Kirchner e Alberto Fernández: chapa liderada por Fernández está cada vez mais próxima da presidência da Argentina (Agustin Marcarian/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 18h05.

Última atualização em 27 de agosto de 2019 às 18h12.

São Paulo – A eleição presidencial na Argentina deve ser resolvida ainda no primeiro turno, com uma ampla vitória de Alberto Fernández e Cristina Kirchner (Frente de Todos) ante o atual presidente, Maurício Macri, e Miguel Pichetto (Juntos por el Cambio).

Na Argentina, um candidato só consegue ser eleito em primeiro turno se conquistar 45% dos votos ou 40% e uma diferença de ao menos dez pontos. E a dupla hoje seria facilmente eleita em qualquer dos dois cenários. É o que mostrou uma pesquisa divulgada nesta semana pela consultoria Gustavo Córdoba & Associados.

Considerando a intenção de voto, o levantamento mostra que a chapa Fernández/Kirchner é a preferência de 50,7% dos eleitores ante 30% do governista, incluindo os votos brancos e nulos. Quando excluídos esses votos, o percentual de Fernández salta para 53,2% contra 32% de Macri. Independentemente da intenção de voto, 60% deles acreditam que Fernández será o próximo presidente da Argentina.

De acordo com o jornal Clarín, dentre todas as pesquisas realizadas antes das primárias em 11 de agosto, quando se consolidou o triunfo de Fernández e Kirchner, foram as sondagens desta empresa as que mais se aproximaram do resultado final: Frente de Todos com 47,35% dos votos e a coalizão governista com 32,22%. Antes do pleito, nem analistas, tampouco pesquisas anteciparam uma diferença tão grande entre Fernández e Macri.

A pesquisa divulgada pela Gustavo Córdoba & Associados tratou, ainda, da imagem que os argentinos têm hoje de Mauricio Macri e seu governo. E os números reafirmaram o descontentamento da população que as urnas revelaram: a reprovação de Macri chegou a 60% e a visão negativa a seu respeito atingiu 62,7%. Além disso, 62% disseram não acreditar que ele possa reverter o cenário e vencer a eleição para um segundo mandato.

Já Fernández, este está surfando em uma onda positiva de popularidade. Segundo o levantamento, 56% dos entrevistados disseram ter uma boa imagem do candidato. O percentual é o melhor desde maio de 2019, quando veio a notícia de que ele seria o líder da chapa, com Cristina Kirchner concorrendo na posição de vice-presidente. 53,2% manifestaram, ainda, que Fernández será melhor para a economia da Argentina.

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