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Argentinos desperdiçam 1,5 milhão de toneladas de alimentos

Cerca de 1,5 milhão de toneladas de alimentos próprios para consumo terminam no lixo todos os anos na Argentina, mostra levantamento


	Alimentos em lixão: cereais, as hortaliças, os lácteos e a carne lideram a lista de produtos desperdiçados pelos argentinos
 (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)

Alimentos em lixão: cereais, as hortaliças, os lácteos e a carne lideram a lista de produtos desperdiçados pelos argentinos (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2015 às 18h04.

Buenos Aires - Cerca de 1,5 milhão de toneladas de alimentos próprios para consumo terminam no lixo todos os anos na Argentina, conforme um levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do país.

Os cereais, as hortaliças, os lácteos e a carne lideram a lista de produtos desperdiçados pelos argentinos, de acordo com o relatório elaborado pela equipe de Nutrição e Educação Alimentícia do ministério que a Agência Efe teve acesso.

Em média, cada argentino desperdiça 38 quilos de comida ao ano, especialmente por má organização na hora de fazer as compras, por não consumir os alimentos antes de sua data de validade e também por "questões estéticas", como descartar frutas e verduras que apresentam pequenos defeitos.

"Isso é especialmente preocupante porque no país consumimos menos de 200 gramas de frutas e verduras por dia dos 400 gramas recomendados", disse a diretora de Nutrição da Universidad Maimônides, Marcela Leal, aos participantes da Cúpula dos Alimentos, realizada em Buenos Aires.

Os dados do "esbanjamento alimentício" na Argentina superam a média estimada em 2011 pela ONU para a América Latina, de 25 quilos anuais per capita, mas ficam longe dos 115 quilos por ano registrados na América do Norte.

"O desperdício de alimentos contribuiu para a expansão agrícola sobre zonas silvestres e ao aumento da pesca, que provoca a exploração indevida dos habitats florestais e marítimos, se traduzindo na perda de espécies", alertou Ricardo Rodríguez, do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina. 

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