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Argentino ligado ao escândalo da Fifa se entrega à polícia

O empresário, que também tem passaporte italiano e era procurado pela Interpol, está detido na Itália e à disposição das autoridades judiciais


	Burzaco estava em Zurique no dia da operação contra os dirigentes da Fifa, mas os policiais suíços não conseguiram efetuar a prisão porque ele não estava em seu quarto do hotel
 (Divulgação/Fifa)

Burzaco estava em Zurique no dia da operação contra os dirigentes da Fifa, mas os policiais suíços não conseguiram efetuar a prisão porque ele não estava em seu quarto do hotel (Divulgação/Fifa)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 13h08.

Roma - O empresário argentino Alejandro Burzaco, indiciado nos Estados Unidos pelo caso de corrupção na Fifa, entregou-se às autoridades na cidade de Bolzano, anunciou a polícia italiana.

Burzaco, principal acionista da empresa de marketing 'Torneos y Competencias S.A.', se apresentou de maneira espontânea em uma delegacia ao lado de dois advogados, um italiano e um espanhol, informou a polícia de Bolzano.

O empresário, que também tem passaporte italiano e era procurado pela Interpol, está detido e à disposição das autoridades judiciais.

Segundo a imprensa italiana, o argentino, que completará 50 anos em 30 de junho, já teria alugado uma casa perto de Bolzano para pedir o direito de prisão domiciliar.

Burzaco é acusado de cometer irregularidades na atribuição de contratos de direitos de transmissão na TV de torneios de futebol na América Latina.

A empresa Burzaco administrou os direitos televisivos do campeonato argentino entre 1992 e 2009. Ao lado do sócio americano Aaron Davidson, presidente da Traffic Sports USA, detido em Zurique (Suíça), é proprietário dos direitos de transmissão da Copa América 2015, que começa esta semana no Chile.

Segundo a imprensa argentina, Burzaco estava em Zurique no dia da operação contra os dirigentes da Fifa, mas os policiais suíços não conseguiram efetuar a prisão porque ele não estava no quarto do hotel no momento da operação.

Desde então ele era procurado pelas autoridades americanas como parte da investigação das denúncias de corrupção dentro da Fifa.

A justiça americana pede sua extradição por supostamente ter pago subornos a dirigentes do mundo do futebol.

No fim de maio, a polícia realizou operações de busca e apreensão nas sedes da 'Torneos y Competencias' e da Full Play, uma empresa que pertence a Mariano e Hugo Jinkis, dois argentinos que estão foragidos.

Full Play, Torneos y Competencias e Traffic administram em conjunto os direitos de exibição da Copa América 2015.

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