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Argentina repudia "ameaças" de Cameron em relação a Malvinas

David Cameron advertiu que não hesitará em recorrer à força para manter seu domínio sobre as Ilhas Malvinas


	David Cameron: o primeiro-ministro do Reino Unido ressaltou que sua "determinação é extremamente forte" para defender as ilhas Malvinas
 (John Thys/AFP)

David Cameron: o primeiro-ministro do Reino Unido ressaltou que sua "determinação é extremamente forte" para defender as ilhas Malvinas (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 10h08.

Buenos Aires- O governo da Argentina repudiou o que definiu como uma "ameaça militarista" do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que advertiu que não hesitará em recorrer à força para manter seu domínio sobre as Ilhas Malvinas.

"A agressividade das palavras do primeiro-ministro do Reino Unido ratifica a denúncia feita pela República Argentina diante das Nações Unidas sobre a militarização do Atlântico Sul e a possível presença de armas nucleares introduzidas pela potência colonial", denunciou a Chancelaria argentina em comunicado.

Além disso, o órgão pediu a Cameron que não utilize as "legítimas e pacíficas reivindicações argentinas (...) como desculpa para continuar sustentando a indústria armamentista".

O primeiro-ministro do Reino Unido ressaltou no domingo em entrevista que sua "determinação é extremamente forte" para defender as ilhas Malvinas e considerou "primordial" que o Reino Unido tenha "aviões-caça e tropas" no arquipélago.

Suas declarações foram feitas depois que a presidente argentina, Cristina Kirchner, lhe enviou uma carta em que pedia a abertura do diálogo sobre a soberania das ilhas em coincidência com o 180º aniversário da ocupação britânica das Malvinas, no dia 3.

Em 2012 completaram-se 30 anos da guerra que os dois países travaram nas ilhas por causa do desembarque de tropas argentinas no local, e que terminou com cerca de 1 mil mortos, na maioria argentinos.

O governo das Malvinas respondeu à carta de Cristina na semana passada afirmando que a Argentina "mais uma vez" ignora os direitos e desejos dos malvinenses, que são britânicos "por opção", e lembrou que em março haverá um referendo nas ilhas sobre o status político que desejam. 

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