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Argentina reconhece González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Apoio do governo argentino à oposição após resultado eleitoral suscitou a expulsão de sua equipe diplomática da Venezuela

Apoiadora segura imagem de Edmundo González Urrutia em 30 de julho de 2024 em Caracas (AFP)

Apoiadora segura imagem de Edmundo González Urrutia em 30 de julho de 2024 em Caracas (AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 14h30.

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O governo argentino reconheceu, nesta sexta-feira, 2, Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, afirmou a chanceler Diana Mondino na rede X.

"Todos podemos confirmar, sem nenhuma dúvida, que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González", indicou Mondino, em linha com um pronunciamento similar ao do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

A chanceler argentina justificou a posição do governo "vários dias depois da publicação das atas eleitorais oficiais da Venezuela em resultadosconvzla.com", site no qual a oposição ao atual presidente Nicolás Maduro publicou os documentos no domingo.

Horas depois da mensagem de Mondino nas redes sociais, a chancelaria argentina emitiu um comunicado no qual disse que o governo de Javier Milei "segue com extrema atenção e preocupação os acontecimentos na Venezuela para se pronunciar de forma definitiva" sobre o tema.

"A República Argentina foi um dos primeiros países a rejeitar e não reconhecer o resultado da eleição presidencial venezuelana em 28 de julho. As evidências coletadas até o momento não fizeram mais que confirmar essa posição", acrescentou o comunicado.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a reeleição de Maduro para um terceiro mandato de seis anos, com 51% dos votos frente aos 44% de González Urrutia, seu principal adversário.

A oposição defende que possui cópias de mais de 80% das atas e que seu candidato obteve 67% dos votos.

O posicionamento argentino suscitou a expulsão de sua equipe diplomática da Venezuela, que na quinta-feira deixou a embaixada que acolhia seis venezuelanos como refugiados.

O Brasil assumiu a custódia dos agentes diplomáticos argentinos em Caracas e a proteção dos refugiados, bem como a proteção da legação peruana, após a Venezuela ter rompido relações diplomáticas com o Peru na terça-feira.

Nove países da América Latina solicitaram uma "revisão completa dos resultados" eleitorais na Venezuela e a "contagem transparente" dos votos.

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