Mundo

Argentina precisa de alívio substancial da dívida, diz FMI

Em relatório, o fundo prevê para o país um superávit fiscal primário de 0,8% do PIB até 2023, subindo para cerca de 1,3% no longo prazo

Alberto Fernández: presidente da Argentina tenta negociações da dívida do país com o FMI desde que assumiu o cargo (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Alberto Fernández: presidente da Argentina tenta negociações da dívida do país com o FMI desde que assumiu o cargo (Gonzalo Fuentes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 20 de março de 2020 às 16h18.

Última atualização em 20 de março de 2020 às 16h22.

A Argentina precisará de um alívio substancial dos credores privados em sua reestruturação da dívida e "praticamente não há espaço" para pagamentos de serviços de câmbio a credores privados no curto e médio prazo, informou o Fundo Monetário Internacional nesta sexta-feira.

O FMI afirmou em um relatório que prevê que a Argentina terá superávit fiscal primário de 0,8% do PIB até 2023, subindo para cerca de 1,3% no longo prazo.

No entanto, afirmou que um risco fundamental de curto prazo está relacionado ao forte impacto negativo da atual pandemia global de coronavírus, que poderá atingir a Argentina mais do que se supõe atualmente.

A chefe do FMI, Kristalina Georgieva, disse em comunicado que a Argentina precisará de "alívio substancial da dívida" dos credores privados para restaurar a sustentabilidade da dívida.

Impacto coronavírus

O impacto da pandemia global de coronavírus será "bastante severo", mas um longo período de expansão e altas taxas de emprego mostram que a economia global deveria resistir ao choque atual, disse uma importante autoridade do FMI.

Martin Mühleisen, que chefia o departamento de política e análise estratégica do FMI, disse em um podcast do Fundo que o principal objetivo dos governos deve ser limitar a propagação do vírus de forma a garantir que o choque econômico seja temporário.

Ele disse que bancos e governos adotaram medidas sem precedentes para fornecer liquidez aos mercados e mantê-los funcionando "talvez mais do que precisávamos", mas essas medidas devem ser coordenadas internacionalmente para que tenham seus efeitos amplificados.

Acompanhe tudo sobre:FMIArgentinaDívidas de países

Mais de Mundo

Trem mais rápido do mundo deve iniciar operações na China em 2026

‘Hamas sentiu o nosso poder, atacamos Gaza com 153 toneladas de bombas’, afirma Netanyahu

Presidente eleito da Bolívia afirma que vai retomar relações com os EUA após quase 20 anos

Cidadania espanhola 'facilitada' acaba nesta quarta-feira; saiba o que muda na Lei dos Netos