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Argentina pede que Cameron devolva "Malvinas"

Cristina Kirchner disse que a marinha britânica expulsou os argentinos que originariamente habitavam o arquipélago, em um claro exemplo de "colonialismo"


	O primeiro-ministro britânico David Cameron: mensagem será publicada na quinta-feira em forma de anúncio na imprensa do Reino Unido
 (Ben Stansall/AFP)

O primeiro-ministro britânico David Cameron: mensagem será publicada na quinta-feira em forma de anúncio na imprensa do Reino Unido (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 19h10.

Londres - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse por meio de uma mensagem que será publicada na imprensa britânica e antecipada nesta quarta-feira pelo jornal "The Guardian" que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, deveria colocar fim ao "colonialismo" e "devolver as Malvinas".

A mensagem será publicada na quinta-feira em forma de anúncio na imprensa do Reino Unido. Cristina Kirchner afirmou no texto que o governo britânico deveria cumprir com uma resolução das Nações Unidas de 1960 que solicita que os Estados-membros da organização não pratiquem o "colonialismo em todas suas formas e manifestações".

A presidente disse ainda que Cameron deveria começar as negociações sobre a soberania das ilhas, que "foram retiradas à força" da Argentina há "exatamente 180 anos, em 3 de janeiro de 1833".

Cristina Kirchner disse que as Malvinas se encontram a "8.700 milhas (14.000 quilômetros) de Londres" e que a marinha britânica expulsou os argentinos que originariamente habitavam o arquipélago, em um claro exemplo de "colonialismo".

O "The Guardian" afirmou que a iniciativa de Cristina Kirchner foi uma resposta à decisão adotada no mês passado pelo Reino Unido de denominar "Terra da Rainha Elizabeth" uma área do Setor Antártico Argentino, o que foi considerado uma provocação.

O jornal acrescentou que a presidente e seus assessores acreditam que se o assunto permanecer nos meios de comunicação será mais fácil forçar o Reino Unido a discutir a questão.

Cristina Kirchner destacou na carta ao primeiro-ministro britânico, endereçada também ao secretário-geral da Onu, Ban Ki-moon, que não só a América Latina, mas também a grande maioria das pessoas e governos do mundo concordam com a posição argentina e "rejeitam o colonialismo".

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