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Argentina pede que autores de saques sejam julgados

Governo argentino exigiu que a Justiça investigue os autores dos violentos saques registrados em grande parte do país e que deixaram 10 mortos


	Supermercado saqueado em Córdoba, na Argentina: "a lei deve ser aplicada com todo o rigor", disse o chefe de Gabinete argentino
 (Irma Montiel/AFP)

Supermercado saqueado em Córdoba, na Argentina: "a lei deve ser aplicada com todo o rigor", disse o chefe de Gabinete argentino (Irma Montiel/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 12h59.

Buenos Aires - O Governo argentino exigiu hoje que a Justiça investigue os autores dos violentos saques registrados em grande parte do país e que deixaram 10 mortos, em meio às manifestações de policiais por melhores salários.

"A lei deve ser aplicada com todo o rigor não apenas com os autores materiais (do saque), mas também com os intelectuais", disse nesta quinta-feira à imprensa o chefe de Gabinete argentino, Jorge Capitanich, que hoje deve se reunir com os membros da Corte Suprema.

Além disso, Capitanich afirmou que é necessário "um debate profundo" sobre uma reforma policial, pois o país não pode "estar às custas de grupos que se apropriam de bens alheios ou geram processos de extorsão por reivindicações salariais".

"Uma ação deliberada desta natureza não pode ser inventada de modo isolado. Pelo modus operandi, nos parece que é uma estratégia que merece uma investigação do Poder Judiciário", disse.

Os protestos policiais começaram em 3 de dezembro na cidade de Córdoba, onde dezenas de pessoas aproveitaram a ausência de policiais nas ruas para saquear comércios. Nos dias seguintes, a mesma cena foi vista em até 20 províncias.

O único foco ativo do conflito policial é a nortista província de Salta, onde os agentes rejeitaram hoje a alta salarial oferecida pelas autoridades locais.

No entanto, a tensão se mantém alta na vizinha Tucumán, onde quatro pessoas morreram nesta semana em enfrentamentos entre comerciantes, saqueadores e moradores.

Milhares de pessoas se manifestaram nesta quarta-feira no centro de San Miguel de Tucumán, a capital provincial, para exigir a renúncia do governador, José Alperovich, e mudanças na cúpula policial.

Também foram registradas vítimas fatais nas províncias de Chaco (2), Jujuy (1), Córdoba (1) e Entre Ríos (1).

O Governo argentino quer criar um plano para prevenir novos saques na periferia da capital argentina durante os próximos 19 e 20 de dezembro, aniversário dos piores dias da grave crise social e econômica argentina de 2001.

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