Cristina Kirchner e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: os outros cinco membros não permanentes são Azerbaijão, Guatemala, Marrocos, Paquistão e Togo (©AFP / Stan Honda)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2012 às 17h56.
Nova York - A Argentina foi eleita nesta quinta-feira para ocupar um assento no Conselho de Segurança da ONU para o período 2013-2014, após uma votação na Assembleia Geral das Nações Unidas na qual também foram selecionados Austrália e Ruanda.
A Argentina conquistou 182 votos, muito mais que os dois terços necessários (129) entre os 193 Estados-membros da ONU. A Austrália obteve 140 e Ruanda 154, o que lhes bastou para também ser eleitos de maneira automática a partir da primeira votação.
Os outros dois assentos não permanentes que se renovam - um para a Europa Ocidental e outros países e outro para a Ásia - eram alvo de novas votações. Luxemburgo e Finlândia, de um lado, e Coreia e Camboja, do outro, apareciam como favoritos.
A Argentina, que se apresentou para suceder a Colômbia em um dos assentos tradicionalmente reservados à América Latina e ao Caribe, não precisou enfrentar nenhum país da região, o que fez com que sua escolha estivesse praticamente garantida de antemão.
Aos seus 182 votos se opuseram apenas um voto para Barbados e outro para Cuba.
Será a nona vez que a Argentina forma parte do Conselho de Segurança, a primeira delas em 1948-1949 e a última em 2005-2006.
Por sua vez, a Austrália foi eleita para um dos assentos da Europa Ocidental e outros países (até agora nas mãos de Alemanha e Portugal), ao conquistar 140 votos na primeira votação.
Já Ruanda ocupará o assento reservado à África (atualmente nas mãos da África do Sul), depois de acumular 154 votos.
Os outros cinco membros não permanentes são Azerbaijão, Guatemala, Marrocos, Paquistão e Togo. Seus mandatos terminarão em 2013.
O Conselho de Segurança da ONU, órgão máximo decisório, tem no total 15 membros, cinco deles permanentes com direito a veto (França, Estados Unidos, Rússia, China e Grã-Bretanha), em uma configuração que representa o equilíbrio de forças que surgiu após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).