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Argentina, Guatemala e Haiti vão às urnas neste domingo

No Haiti, 54 candidatos disputam o comando do país mais pobre do hemisfério. Veja os detalhes sobre as eleições presidenciais.

Argentina (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2015 às 07h54.

São Paulo - Três países das Américas votam para presidente neste domingo (25). Na Argentina e na Guatemala, não há dúvidas sobre quem são os favoritos, mas no Haiti, sobram problemas – e presidenciáveis. Cinquenta e quatro candidatos disputam a presidência do país mais pobre do hemisfério, onde metade da população, de 10,4 milhões de pessoas, vive com menos de US$ 1 por dia – pouco menos de R$ 4.

Os 32 milhões de eleitores argentinos já sabem que o governista Daniel Scioli será o mais votado dos seis candidatos. Ele é do Partido Justicialista (Peronista), no poder há 14 anos, e é o governador da província de Buenos Aires – a maior e mais rica da Argentina, onde vivem 40% dos eleitores.

Além de liderar as pesquisas de opinião, Scioli obteve 38,4% dos votos nas prévias de agosto – que na Argentina são abertas, simultâneas e obrigatórias. Mas para assegurar a vitória no primeiro turno, Scioli precisa de 45% dos votos ou, no mínimo, 40% dos votos com uma diferença de dez pontos porcentuais em relação ao segundo colocado.

O favorito da oposição nas previas foi Mauricio Macri, do partido conservador PRO, que somou 24,8% das intenções voto. Ele é o atual prefeito da capital, Buenos Aires, e prega uma menor presença do estado na economia, que cresceu muito durante os governos de Nestor Kirchner (2003-2007) e de sua mulher e sucessora Cristina Kirchner, reeleita em 2011, meses após a morte do marido.

Cristina estatizou as empresas de aviação Aerolineas Argentinas e de petróleo Yacimentos Petrolíferos Fiscales (YPF). Ambas haviam sido adquiridas pelos espanhóis na década de 1990, quando a Argentina adotou uma politica neoliberal e privatizou as estatais.

Macri promete eliminar os controles cambiais, impostos pelo atual governo para impedir a saída de divisas do país. Mas ele moderou seu discurso e prometeu manter os planos sociais, para atrair os votos do centro, que representam cerca de um terço do eleitorado.

Scioli fez o mesmo, ao tentar marcar uma diferença de estilo em relação a Cristina Kirchner e mostrar-se mais aberto a negociar com os partidos da oposição, os credores da dívida externa e os governos de países com politica econômicas diferentes da Argentina.

Muitos dos votos do centro, no entanto, estão com o terceiro colocado, Sergio Massa, que era peronista e aliado dos Kirchner, antes de passar para a oposição. Segundo o analista político Rosendo Fraga, as chances de Scioli ganhar no primeiro ou num eventual segundo turno são grandes porque essa foi a tendência em toda a América do Sul.

“Nas eleições presidenciais do Brasil, da Bolívia, do Equador e do Uruguai, realizadas apos uma década de conjuntura econômica favorável, os candidatos governistas ganharam”, disse, em entrevista à Agencia Brasil.  “Na Argentina deve acontecer o mesmo. O desafio do próximo governo vai ser administrar a economia, num momento de menor crescimento econômico e queda de preços das commodities”.

Além de presidente e vice, os argentinos vão escolher 130 deputados federais, 24 senadores, representantes do Parlamento do Mercosul e 11 governadores.

Já na Guatemala, o resultado do segundo turno das eleições presidenciais é quase certo. O favorito é o comediante Jimmy Morales. Ele foi o mais votado no primeiro turno, realizado pouco depois da renúncia do presidente Otto Perez Molina, que está detido, acusado de corrupção.

Já no Haiti, nada está definido. O vencedor, entre os 54 candidatos à presidência, terão de resolver o básico, como falta de água potável, de eletricidade, saúde e educação – em um país que ainda não se recuperou do terremoto de 2010 e onde, segundo as Nações Unidas, 600 mil pessoas ainda dependem de ajuda internacional para sobreviver.

As autoridades haitianas armaram um forte esquema de segurança para evitar a violência e as acusações de fraude, que levaram ao cancelamento de eleições legislativas em 2011 e 2014.

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