Mundo

Argentina diz que sua intenção nunca foi prejudicar Repsol

O ministro da Economia da Argentina disse que no processo de recuperação da YPF a ideia não era prejudicar a Repsol


	Posto de gasolina da Repsol: ministro disse que não iria ser pago o número reivindicado pela companhia espanhola pela desapropriação de 51% de seus ações
 (David Ramos/Bloomberg)

Posto de gasolina da Repsol: ministro disse que não iria ser pago o número reivindicado pela companhia espanhola pela desapropriação de 51% de seus ações (David Ramos/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 12h34.

Buenos Aires - O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, disse nesta quinta-feira que no processo de recuperação da YPF "a ideia não era prejudicar a Repsol" mas não iria ser pago "o número reivindicado" pela companhia espanhola pela desapropriação de 51% de seus ações.

Em declarações a uma rádio local, Kicillof elogiou o pré-acordo alcançado entre a YPF e a companhia petrolífera espanhola e ressaltou que, "felizmente, a proposta tem agora aprovação do diretório da Repsol".

O ministro da Economia afirmou que "era impossível" não pagar a Repsol, "porque isso é ilegal", embora rejeitou dar detalhes sobre o acordo econômico alcançado por se tratar de um tema "confidencial".

"Estou muito satisfeito porque se chegou a uma aproximação sobre a qual não podemos dar detalhes pelo acordo de confidencialidade, já que a Repsol e outras empresas cotam na bolsa, entre outras questões", disse.

Kicillof anunciou, além disso, que na semana que vem chegarão a Buenos Aires os delegados da Repsol para completar as negociações.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, conversará hoje com o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, para falar sobre o acordo, como fez ontem com seu colega mexicano, Enrique Peña Nieto.

O princípio de acordo para desbloquear a situação foi assinado em Buenos Aires na segunda-feira e fixou compensações econômicas não informadas publicamente pela desapropriação do Estado argentino em maio de 2012 de uma participação de 51% da Repsol na YPF.

Não foram divulgados detalhes do pré-acordo aprovado ontem em Madri, mas fontes ligadas à negociação indicam que foi feito um pagamento de US$ 5 bilhões em bônus soberanos argentinos e a retirada dos vários processos judiciais apresentados pela Repsol em diferentes tribunais.

Após dar seu sinal verde, o Conselho de Administração de Repsol disse em comunicado que em curto prazo iniciará conversas com o governo argentino para resolver a controvérsia de forma "justa, eficaz e pronta".

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaEmpresasEmpresas espanholasIndústria do petróleoRepsol YPF

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia