Mundo

Argentina diz que se reunirá novamente com mediador na sexta

Autoridades argentinas buscam resolver sua batalha jurídica com hedge funds que demandam o pagamento total de títulos soberanos em default


	Pesos argentinos: governo da presidente Cristina Kirchner tem até 30 de julho para alcançar um acordo
 (Diego Giudice/Bloomberg/Bloomberg)

Pesos argentinos: governo da presidente Cristina Kirchner tem até 30 de julho para alcançar um acordo (Diego Giudice/Bloomberg/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 11h19.

Buenos Aires - Autoridades argentinas vão se reunir novamente na sexta-feira com um mediador indicado por um tribunal dos Estados Unidos para resolver sua batalha jurídica com hedge funds que demandam o pagamento total de títulos soberanos em default, disse o governo nesta terça-feira.

O governo da presidente Cristina Kirchner tem até 30 de julho para alcançar um acordo com os chamados holdouts -- credores que não aceitaram os termos das negociações da dívida argentina --, em uma disputa que levou a terceira maior economia da América Latina à beira do segundo calote em 12 anos.

Em comentários a repórteres, o chefe de gabinete Jorge Capitanich não mencionou se os fundos em questão vão participar da reunião.

O ministro da Economia, Axel Kicillof, passou quatro horas discutindo o caso em Nova York na segunda-feira com o mediador, Daniel Pollack, que foi indicado pelo juiz distrital norte-americano Thomas Griesa para encontrar consenso na disputa que se arrasta há anos.

"Foi acertado que a reunião continuaria nesta sexta-feira", disse Capitanich. "Tem sido um diálogo intenso."

Sem um acordo neste mês, a Argentina estará proibida pela decisão do juiz Griesa de pagar juros aos credores que aceitaram a reestruturação da dívida quando o país entrou em default em 2002.

Mais de 92 por cento dos credores aceitaram menos de 30 centavos por cada dólar de dívida nas reestruturações da dívida em 2005 e 2010. Os holdouts recusaram os termos e entraram na justiça para receber o pagamento integral da dívida de 1,3 bilhão de dólares, acrescida de juros, mas dizem que estão dispostos a negociar com o governo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDívidas de paísesEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Smartphones podem explodir em série como os pagers no Líbano?

ONU diz que risco de desintegração do Estado de Direito na Venezuela é muito alto

Quem é Ibrahim Aqil, comandante do Hezbollah morto em ataque de Israel a Beirute

Portugal diz ter controlado todos os incêndios que se espalharam pelo país esta semana