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Argentina congela bens de repressores fugidos de hospital

Dois ex-militares condenados por crimes de lesa-humanidade que fugiram de um hospital militar tiveram os bens congelados


	Homem reivindica desaparecidos e detidos durante a ditadura em protesto na Argentina: governo ofereceu recompensa de 2 milhões de pesos (cerca de R$ 826 mil) a quem fornecer "dados úteis que sejam determinantes para a detenção" dos fugitivos
 (Alejandro Pagni/AFP)

Homem reivindica desaparecidos e detidos durante a ditadura em protesto na Argentina: governo ofereceu recompensa de 2 milhões de pesos (cerca de R$ 826 mil) a quem fornecer "dados úteis que sejam determinantes para a detenção" dos fugitivos (Alejandro Pagni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 11h48.

Buenos Aires - A Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina congelou nesta quarta-feira os bens de dois ex-militares condenados por crimes de lesa-humanidade que fugiram há seis dias de um hospital militar de Buenos Aires, informou a instituição.

Segundo detalhou a UIF em comunicado, o organismo realizou "o congelamento administrativo de bens e dinheiro" do ex-major Jorge Olivera e o ex-primeiro-tenente Gustavo de Marchi, com o objetivo de "conseguir sua imobilização financeira e facilitar sua detenção imediata".

Olivera, condenado na província de San Juan à prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade, e De Marchi, condenado a 25 anos, escaparam em 25 de julho do hospital militar central de Buenos Aires, para onde haviam sido levados para receber atendimento médico.

O ex-major, que era chefe de inteligência, esteve envolvido no sequestro e desaparecimento da modelo franco-argentina Marie Anne Erize Tiseau, em outubro de 1976.

O governo ofereceu uma recompensa de 2 milhões de pesos (cerca de R$ 826 mil) "às pessoas que fornecerem dados úteis que sejam determinantes para a detenção".

Por causa da fuga, os ministérios argentinos de Justiça, Defesa e Saúde decidiram criar uma comissão médica para investigar os antecedentes de saúde dos acusados, processados ou condenados por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a última ditadura (1976-1983).

Além disso, o governo argentino proibiu que os ex-militares condenados ou processados com prisão preventiva sejam internados ou recebam atendimento ambulatorial em hospitais das forças armadas.

De Marchi e Olivera foram condenados no início de julho no primeiro julgamento por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a última ditadura na província de San Juan, no oeste argentino.

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