Mundo

Argentina casará com assassino da irmã no Dia dos Namorados

Juíza de Pico Truncado, Gabriela Zapata, autorizou o casamento ao destacar que não foram detectados transtornos psicológicos em Edith nos estudos solicitados por sua mãe


	O Dia dos Namorados será comemorado nesta quinta-feira em vários países
 (AFP/ Rizwan Tabassum)

O Dia dos Namorados será comemorado nesta quinta-feira em vários países (AFP/ Rizwan Tabassum)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 17h31.

Buenos Aires - Uma argentina de 22 anos se casará com o assassino da irmã gêmea nesta quinta-feira, quando muitos países comemoram o Dia dos Namorados, após os noivos receberem autorização da Justiça, segundo a qual a jovem não sofre de transtornos psicológicos.

"O local do nosso casamento é secreto para manter a intimidade da cerimônia", disse nesta quarta-feira Victor Cingolani, condenado a 13 anos de prisão pelo assassinato de Johana Casas, irmã gêmea de sua futura esposa, Edith Casas.

Cingolani, que está preso na penitenciária de Pico Truncado (Santa Cruz, 1.500 km ao sul de Buenos Aires), é acusado, ao lado de Marcos Díaz, do assassinato em 2010 de Johana Casas, de quem também foi namorado.

"Para mim as duas morreram. Johana está com Deus e Edith, com o diabo", desabafou Valentín Casas, pai das gêmeas, segundo quem Cingolani "é o verdadeiro assassino da minha filha, um psicopata".

O acusado afirmou à Radio Diez que é inocente e disse confiar que "apesar de terem me condenado, vou sair; tenho fé porque as provas são totalmente falsas".

A juíza de Pico Truncado, Gabriela Zapata, autorizou o casamento ao destacar que não foram detectados transtornos psicológicos em Edith nos estudos solicitados por sua mãe, Marcelina Orellana, que teria conseguido a suspensão do casamento que estava prevista, a princípio, para dezembro do ano passado.

Cingolani disse que só convidou para o casamento o escritor Rodolfo Palacios, de quem se disse amigo e que o visitou na prisão. O escritor é autor, entre outros, do livro "Pasiones que matan, 13 crímenes argentinos".

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCrime

Mais de Mundo

Suspeito de tentativa de assassinato contra Trump é indiciado nos EUA

Propostas econômicas de Trump preocupam assessores, diz Bloomberg

Biden condena eleições na Venezuela e elogia eleitores por buscar mudança

Milei diz que ONU é 'leviatã' e que Argentina vai abandonar neutralidade histórica