"Hoje, na Argentina, poderíamos ter cerca de 150.000 ou 200.000 casos de novas infecções por dia", disse o bioquímico Jorge Geffner à Reuters. (AFP/AFP)
Reuters
Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 21h18.
A Argentina registrou nesta quinta-feira um número recorde de casos de Covid-19 pelo terceiro dia consecutivo, com quase 110.000 casos, no momento em que a variante Ômicron altamente infecciosa impulsiona uma terceira onda pandêmica no país.
A contagem recorde de 109.608 no meio da temporada de férias de verão, com centros turísticos cheios de viajantes, não se traduziu em um aumento exponencial semelhante nas mortes relacionadas à Covid, que totalizaram 40, segundo o governo.
“Não temos um impacto forte nas unidades de terapia intensiva e menos em termos de mortes”, disse a chefe de gabinete do Ministério da Saúde, Sonia Tarragona, à rádio local Urbana Play. "Os casos são leves ou moderados e não estão colocando pressão sobre o sistema de saúde."
A Argentina acelerou sua campanha de vacinação nos últimos meses, tendo começado com a vacina Sputnik V, depois acrescentou os imunizantes da AstraZeneca e da Sinopharm e, posteriormente, CanSino, Pfizer e Moderna.
Tarragona disse não saber "qual será o limite máximo para infecções", mas alguns especialistas acreditam que o número real de casos entre os 45 milhões de habitantes do país é maior do que os dados oficiais.
"Hoje, na Argentina, poderíamos ter cerca de 150.000 ou 200.000 casos de novas infecções por dia", disse o bioquímico Jorge Geffner à Reuters.
Ele estimou que o pico de infecção pode ocorrer em meados de janeiro.