Argentina: distanciamento preventivo implica o uso obrigatório de máscaras, a distância de pelo menos dois metros entre os indivíduos e proibição de espetáculos de massa e aglomerações de mais de dez pessoas em locais fechados (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 28 de novembro de 2020 às 10h43.
O presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou nesta sexta-feira que apenas duas cidades, no sul do país, continuarão em isolamento sanitário, enquanto medidas preventivas de distanciamento estarão em vigor no restante do território devido à queda nas infecções de covid-19 registradas no último semanas.
“Estamos entrando em uma nova etapa”, explicou Fernández em mensagem da sede do governo.
Conforme indicado, "existem apenas duas cidades em situação de isolamento sanitário: Bariloche (Río Negro) e Puerto Deseado (Santa Cruz). O restante da Argentina permanece em distância sanitária até 20 de dezembro".
Até agora, havia dez províncias em que as regiões eram mantidas em isolamento obrigatório, de acordo com o que havia sido combinado no início de novembro.
O distanciamento preventivo implica o uso obrigatório de máscaras, a distância de pelo menos dois metros entre os indivíduos, a proibição de espetáculos de massa e aglomerações de mais de dez pessoas em locais fechados, entre outras restrições. O uso de transporte público permanecerá restrito.
“A pandemia está longe de ter sido erradicada, não a superamos”, alertou o presidente, prevendo que “é bem possível que América Latina e Argentina tenham de enfrentar uma segunda onda no outono”, alertou em mensagem da sede do governo.
Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde registrou 7.846 casos novos e 275 óbitos nas últimas 24 horas. O número total de positivos chega a 1.407.264 e 38.216 pessoas morreram desde março.
“Estamos em negociações com a Pfizer, AstraZeneca e Oxford, que estariam à venda na Argentina em março. E estamos trabalhando a todo vapor com a Federação Russa, tentando ter a vacina do Sputnik para que entre janeiro e fevereiro possamos vacinar cerca de 10 milhões dos argentinos", disse.
Para a campanha de vacinação serão necessários “cerca de 20.000 voluntários”.
O presidente estimou que “com muito esforço a Argentina pode vacinar entre 4,5 e 5 milhões de pessoas por mês”.
Fernández explicou que a vacina "será gratuita e não obrigatória".
O presidente indicou que o número de internações em terapia intensiva continua em tendência de queda.
O número total de pacientes internados em unidades de terapia intensiva é de 4.120, uma ocupação de 56,2% em todo o país, informou o Ministério da Saúde.