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Argentina ameaça punir quem não cumprir acordo de preços

Chefe de gabinete do governo afirmou que aplicará medidas para garantir a estabilidade de preços, como "multas e retirada de benefícios de políticas públicas"


	Jorge Capitanich: "A conduta especulativa de muitos comerciantes e empresários na Argentina dá vergonha", disse o chefe de gabinete do governo
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Jorge Capitanich: "A conduta especulativa de muitos comerciantes e empresários na Argentina dá vergonha", disse o chefe de gabinete do governo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 10h35.

Buenos Aires - O governo argentino voltou nesta quarta-feira a ameaçar a aplicar multas e inclusive fechar o negócio de quem descumprir o acordo de preços pactuados e pediu a colaboração cidadã para "denunciar armadilhas" por parte de empresários e comerciantes.

O chefe de gabinete do governo, Jorge Capitanich, afirmou que o Executivo aplicará medidas para garantir a estabilidade de preços, como "multas, fechamentos, importações e retirada de benefícios de políticas públicas".

"A conduta especulativa de muitos comerciantes e empresários na Argentina dá vergonha", disse Capitanich.

O chefe de gabinete afirmou que o governo controlará para que o acordo de preços se "cumpra" e pediu aos cidadãos que "denunciem armadilhas" por parte de empresários que fixam os preços "em dólares, não os publicam no site, só por via telefônica, ou instrumentam múltiplos que pretendem criar incerteza".

Paralelamente às sanções, a equipe econômica do governo mantém diariamente reuniões com empresários e comerciantes para estender o acordo de preços para outros setores e evitar uma aceleração da inflação após a rápida desvalorização do peso, que caiu mais de 34% neste mês.

O ministro da Economia, Axel Kicillof, reuniu-se nesta terça-feira com construtores e pediu às empresas que aumentaram preços e "tomaram decisões equivocadas que voltem para a situação anterior".

Dirigentes opositores e economistas exigiram nos últimos dias que o governo dê atenção ao controle da inflação, que segundo estimativas privadas poderia atingir e inclusive superar 30% em 2014. 

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